FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E MOBILIDADE TORÁCICA EM PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON
DOI:
https://doi.org/10.13037/rbcs.vol12n42.2275Keywords:
Doença de Parkinson, força muscular, músculos respiratóriosAbstract
Introdução: A doença de Parkinson é mais frequente em idosos, sua progressão é lenta, produz enfraquecimento do movimento voluntário e rigidez muscular. Com o envelhecimento, o sistema respiratório apresenta alterações estruturais, perda de elasticidade, dilatação alveolar, diminuição do estímulo neural para os músculos respiratórios e alterações de volumes, capacidades e fluxos respiratórios. Objetivos: Verificar a expansibilidade torácica e a força da musculatura respiratória. Materiais e métodos: Pacientes foram classificados quanto à fase da doença de Parkinson por meio da Escala de Hoehn e Yahr, e foram utilizados como instrumentos de avaliação a cirtometria e a manovacuometria. Resultados: 10 indivíduos com diagnóstico de doença de Parkinson, grande maioria homens (80%). Quanto ao estadiamento da doença pela Escala de Hoehn e Yahr, 40% apresentaram-se no estágio 2,5 – doença bilateral leve. Quanto à mobilidade torácica, obtiveram-se médias de inspiração máxima de 96,8 ± 10,77 cm, de expiração máxima de 93,5 ± 10,93 cm e a variação entre elas foi de 3,3 ± 1,41 cm. Quanto à força muscular respiratória, obtiveram-se valores de PImáx, tendo como média nos indivíduos 50,5 ± 30,31cmH2O, a média prevista para esta amostra foi de 96,4 ± 13,91 cmH2O e a porcentagem da PImáx prevista de 54,97 ± 34,87. Já em relação PEmáx, a média nos indivíduos parkinsonianos mensurada foide 6217,02± cmH2O, a média prevista para esta amostra foi de 183,4 ± 27,58 cmH2O e a porcentagem da PEmáx prevista de 32,24 ± 9,49. Conclusão: Verificou-se que a força muscular respiratória apresenta-se diminuída e, consequentemente, a mobilidade torácica também é menor nos portadores da doença de Parkinson, quando comparados com valores pré-determinados para indivíduos hígidos.
Downloads
References
1. Thonson A, Skinner A, Piercy J. Fisioterapia de TIDY. São Paulo: Livraria Santos, 2000.
2. Gonçalves L, Alvares M, Arruda M. Pacientes Portadores de Parkinson: significado das suas vivências. Acta Paul Enferm. 2007; 20(1): 62-8.
3. Reis T. Doença de Parkinson: pacientes, familiares e cuidadores. Porto Alegre: Pallotti; 2004.
4. Ferreira FV, Cielo CA, Trevisan ME. Força muscular respiratória, postura corporal, intensidade vocal e tempos máximos de fonação na doença de Parkinson. Rev CEFAC. 2012; 14(2): 361-8.
5. Alves LA, Coelho CA, Brunetto FA. Fisioterapia respiratória na doença de Parkinson idiopática: relato de caso. Rev Fisioter Pesq. 2005; 12(3): 46-9.
6. Cardoso SRX, Pereira JS. Análise da função respiratória na doença de Parkinson. Arq Neuropsiquiatr. 2002; 60(1): 91-5.
7. Caldeira VS, Starling CCD, Brito RR, Martins JA, Sampaio RF, Parreira VF. Precisão e acurácia da cirtometria em adultos saudáveis. J Bras Pneumol. 2007; 33(5): 519-26.
8. Souza RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. J Pneumol. 2002; 28(3): 155-65.
9. Parreira VF, Guedes LU, Quintão DG, Silveira EP, Tomich GM, Sampaio RF et al. Padrão respiratório em pacientes portadores da doença de Parkinson e em idosos assintomáticos. Rev Acta Fisiátr. 2003; 10(2): 61-6.
10. Pinto RASR, Borges V, Aguiar PMC, Ferraz FAP, Hisatugo MK, Ferraz HB. Avaliação das atividades da vida diária de pacientes com doença de Parkinson submetidos à cirurgia estereotáxica. Arq Neuropsiq. 2002; 60(2B): 435-41.
11. Haase DCBV, Machado DC, Oliveira JGD. Atuação da fisioterapia no paciente com doença de Parkinson. Rev Fisioter Mov. 2008; 21(1): 79-85.
12. Malaguti C, Rondelli RR, Souza LM, Domingues M, Dal Corso S. Reliability of chest wall mobility and its correlation with pulmonary function in patients with chronicobstructive pulmonary disease. Respiratory Care. 2009; 54(12): 1703-11.
13. Paulin E, Brunetto AF, Carvalho CRF. Efeitos de programa de exercícios físicos direcionado ao aumento da mobilidade torácica em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. J Pneumol. 2003; 29(5): 287-94.
14. Moreno MA, Silva E, Zuttin R, Gonçalves M. Efeito de um programa de treinamento de facilitação neuromuscular proprioceptiva sobre a mobilidade torácica. Fisioter Pesq. 2009; 16(2): 161-5.
15. Carvalho A. Semiologia em reabilitação. São Paulo: Atheneu; 1994.
16. Bethlem N. Pneumologia. 4 ed. São Paulo: Atheneu; 1995.
17. Presto B, Damázio L. Fisioterapia respiratória. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009.
18. Saleen AF, Sapienza CM, Okun MS. Respiratory muscle strength training: treatment and response duration in a patient with early idiophatic Parkinson’s disease. NeuroRehabilitation. 2005; 20: 323-33.
19. Silva FS, Pabis JVPC, Alencar AG, Silva KB, NavarroPeternella FM. Evolução da doença de Parkinson e comprometimento da qualidade de vida. Rev Neurocienc. 2010; 18(4): 463-8.
20. Sabaté M, Rodríguez M, Méndez E, Enríquez E, González I. Obstructive and restrictive pulmonary dysfunction increases disability in Parkinson disease. Arch Phys Med Rehabil. 1996; 77(1): 29-34.
21. Brown LK. Respiratory dysfunction in Parkinson’s disease. Chest Med 1994; 15(4): 715-27.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2014 Cristiane Tasca, Rodrigo Costa Schuster, Luiz Fernando Callage Alvarenga

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Policy Proposal for Journals offering Free Delayed Access
Authors who publish in this magazine agree to the following terms:
- Authors maintain the copyright and grant the journal the right to the first publication, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License after publication, allowing the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
- Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this magazine (eg, publishing in institutional repository or as a book chapter), with the acknowledgment of the authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase impact and citation of the published work (See The Effect of Open Access).