EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Autores

  • Maira Tonieto Faculdade da Serra Gaúcha
  • Priscila Rama Faculdade da Serra Gaúcha
  • Rodrigo Costa Schuster Faculdade da Serra Gaúcha
  • Alexandra Renosto Faculdade da Serra Gaúcha

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol13n45.2838

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Hidroterapia, Reabilitação.

Resumo

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é causado pela obstrução ou rompimento de umaou mais artérias, gerando falta de circulação sanguínea no cérebro. Como consequências, temoscomprometimentos motores, sensoriais, cognitivos, comunicativos e emocionais. Objetivos: Analisaros efeitos de uma intervenção de fisioterapia aquática em pacientes pós-AVC. Materiais e Métodos:Foram realizadas 18 sessões de fisioterapia aquática em pacientes com diagnóstico de AVC. A avaliaçãofoi realizada antes e após a intervenção, através da aplicação do questionário Stroke Specific Quality ofLife Scale (SS-QOL, para avaliar a qualidade de vida, o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M),para avaliar a capacidade funcional, e o Teste de Caminhada de 10 metros (TC10M) para avaliar avelocidade da marcha. Resultados: Seis pacientes participaram do estudo com idade média de 58,7±7,7anos, tempo médio após AVC de 5,7±4,2 anos. Foram obtidas diferenças significativas nos valores dasvariáveis estudadas. Na qualidade de vida (SS-QOL), a média foi de 163 pontos na pré-intervenção e185,7 na pós-intervenção. No Teste de Caminhada de 10 metros (TC10M), a média foi de 25 segundosna pré-intervenção e de 13 segundos na pós-intervenção. No Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6M)a média foi de 214,7 metros na distância percorrida na pré-intervenção e na pós-intervenção, 161 metros.Conclusões: O protocolo de fisioterapia aquática aplicado em pacientes pós-AVC proporcionou umaumento na qualidade de vida, velocidade da marcha e capacidade funcional destes indivíduos.

Downloads

Biografia do Autor

Rodrigo Costa Schuster, Faculdade da Serra Gaúcha

Especialista em Ciências Morfofisiológicas - UDESC

Mestre em Ciências Médicas - UFRGS

Referências

1. Barros LA, Passos NRS, Nunes MASN. Breve estudo do estado da arte sobre acidente vascular cerebral e serious games para aplicação no projeto “AVC” do núcleo de tecnologia assistida da UFS. Rev Geitec. 2013;3:129-43.

2. Giles MF. Rothwel, P.M. Measuring the prevalence of stroke. Neuroepidemiology. 2008 Apr 18;30(4):205-6.

3. Cruz KC, Diogo MJ. Evaluation of functional capacity in elders with encephalic vascular accident. Acta Paul Enferm. 2009;22(5):666-72.

4. André C. Manual de AVC. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2005.

5. Ryerson SD. Hemiplegia. In: Umphred DA. Reabilitação neurológica. São Paulo: Manole; 2004. 59-136.

6. Nunes LCBG. Efeitos da eletroestimulação neuromuscular no músculo tibial anterior de pacientes hemiparéticos espásticos [Dissertação]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2004.

7. Moura RMF, Lima RCM, Lage DC, Amaral EAA. Efeitos do treinamento aeróbio na qualidade de vida e na capacidade funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos. Rev Acta Fisiátr. 2005;12(3):94-99.

8. Oliveira RJ. Atividade física e doença cerebrovascular. Rev Bras Ci e Mov. 2001; 9(3):65-78.

9. Benvegnu AB, Gomes L A, Souza CT, Cuadros TBB, Pavão LW, Ávila SN. Avaliação da medida de independência funcional de indivíduos com sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Rev Bras Ciênc Saúde. 2008 Jul/Dez;1(2):71-7.

10. Torriani C, Queiroz SS, Cyrillo FN, Roxo R, Zancani R, Macari R. Enfaixamento em oito como recurso fisioterapêutico para o recrutamento muscular dos dorsiflexores durante a marcha. Rev Fisioter Mov 2007 Out/Dez;20(4):31-41.

11. Ovando AC, Michaelsen SM, Dias JA, Herber V. Treinamento de marcha cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos. Rev Fisioter Mov 2010 Abr/Jun;23(2):253-69.

12. Mackay-Lyons MJ, Makrides L. Longitudinal changes in exercise capacity after stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2004 Oct; 85(10):1608-12.

13. Mehrholz J, Kugler J, Pohl M. Water-based exercises for improving activities of daily living after stroke. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Jan 19;(1).

14. Lazzareschi L. Avaliação da reabilitação da marcha em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi). São Paulo: Universidade Cruzeiro do Sul; 2010.

15. Degani AM. Hidroterapia: os efeitos físicos, fisiológicos e terapêuticos da água. Rev Fisioter Mov. 1998 Abr/ Set;11(1):93-105.

16. Noh DK, Lim JY, Shin H, Paik NJ. The effect of aquatic therapy on postural balance and muscle strength in stroke survivors. A randomized controlled pilot trial. Clin Rehabil. 2008 Out/Nov;22:966-76.

17. Teixeira-Salmela LF, Lima RCM, Souza AC, Goulart F. Mudanças na qualidade de vida associadas ao treinamento de hemiplégicos em academias. Rev Fisioter Mov 2006 Jul/ Set; 19(3):75-82.

18. Tanne D, Tsabari R, Chechik O, Toledano A, Orion D, Schwammenthal et al. Improved exercise capacity in patients after minor ischemic stroke undergoing a supervised exercise training program. Rev Imaj. 2008 Feb;10:113-16.

19. Veronezi AMG, Bachiega GL, Augusto VS, Carvalho AC. Avaliação da performance da marcha de pacientes hemiplégicos do projeto hemiplegia. Rev Fisioter Mov 2004 Jan/ Mar; 17(1):31-38.

20. Williams LS, Weinberger M, Harris LE, Clark DO, Biller J. Development of a stroke-specific quality of life scale. Stroke. 1999 Jul;30(7):1362-69.

21. Santos, A.S. Questionário específico de avaliação da qualidade de vida em pacientes portadores de doença cerebrovascular do tipo isquêmica: tradução e adaptação cultural para a língua portuguesa falada no Brasil [Dissertação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2000.

22. Guilhermin F, Bombardier CL, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993 Dec;46:1417-32.

23. Salbach NM, Mayo NE, Higgins J, Ahmed S, Finch LE, Richards CL. Responsiveness and predictability of gait speed and other disability measures in acute stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2001;82(9):1204-12.

24. Green J, Forster A, Young J. Reliability of gait speed measured by a timed walking test in patients one year affter stroke. Clin Rehabil. 2002;16:306-14.

25. American Thoracic Society Statement: Guideline for the six-minute walk test. J Respir Crit Care Med. 2002;7(166):111.

26. Roesler R, Henriques JA, Schwartsmann G. Gastrinreleasing peptide receptor as a moleculartarget for psychiatric and neurological disorders. CNS Neurol Disord Drug Targets. 2006;5(2):197-204.

27. Schuster RC, Polese JC, Silva SLA, Perin V, Seben YP. Caracterização de internações hospitalares por acidente vascular encefálico na cidade de Passo Fundo – RS. ConsSaúde. 2009;8(4):581-5.

28. Rodrigues JE, Sá MS, Alouche SR. Perfil dos pacientes acometidos por AVE tratados na clínica escola de fisioterapia da

UMESP. Rev Neurociênc. 2004;12(3):117-22.

29. Falcão IV, Carvalho EMF, Barreto KML, Lessa FJD, Leite VMM. Acidente vascular cerebral precoce: implicações para adultos em idade produtiva atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2004;4(1):95-101.

30. Bousser MG. Stroke in women. Circulation. 1999;99:463-7.

31. Nunes S, Pereira C, Silva MG. Evolução funcional de utentes após AVC nos primeiros seis meses após a lesão. Ess Fisi Online. 2005;1(3):3-20.

32. Nicolini RD, Dieter EH, Haas L. Programa de hidroterapia no movimento de dorsiflexão de indivíduos hemiparéticos espásticos. Fisioter Bras. 2010;11(1):34-9.

33. Carvalho AC, Vanderlei LCM, Bofi TC, Pereira JDAS, Nawa VA. Projeto Hemiplegia – Um modelo de fisioterapia em grupo para hemiplégicos crônicos. Arq Ciênc Saúde. 2007 Jul/Set;14(3):161-8.

34. Scalzo PL, Zambaldi PA, Rosa DA, Souza DS, Ramos TX, Magalhães V. Efeito de um treinamento específico de equilíbrio em hemiplégicos crônicos. Rev Neurocienc. 2011; 19(1):90-7.

35. Py MO, Freitas EV, Py L, Neri AL, Cançado FAX, Gorzoni M, et al. Doenças cerebrovasculares. In: Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

36. Pires SL, Gagliardi RJ, Gorzoni MR. Estudo da frequência dos principais fatores de risco para acidente vascular isquêmico em idosos. Arq Neuropsiquiatr. 2004;62(3):844-51.

37. Saposnik G, Delbrutto OH. Stroke in South América: a systematic review of incidence, prevalence and stroke subtypes. Stroke. 2003;34:2103-8.

38. Silva SM, Corrêa FI, Faria CDCM, Corrêa JCF. Comparacão entre instrumentos de qualidade de vida para avaliacao da participacao após AVE conforme a classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saude (CIF). Braz J Phys Ther. 2013 Set/Out;17(5):470-8.

39. Voos MC, Valle LER. Estudo comparativo entre a relação do hemisfério acometido no acidente vascular encefálico e a evolução funcional em indivíduos destros. Rev Bras Fisioter. 2008;12(2):113-20.

40. Nobre MRC. Qualidade de vida. Arq Bras Cardiol 1995;67:14-9.

41. Gorenstein C, Andrade LH. Beck depression inventory: psychometric properties of the portuguese version. Rev Psiquiatr Clin. 1998;25(5):245-50.

42. Franciulli PM. Comparação dos efeitos do treinamento aeróbio em piscina e esteira rolante na marcha hemiparética de indivíduos acometidos por acidente vascular cerebral. [Dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2013.

43. Costa AM, Duarte E. Atividade física e a relação com a qualidade de vida, de pessoas com seqüelas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Rev Bras Ciên e Mov. 2002;10(1).

44. Driver S, Rees K, O’Connor J, Lox C. Aquatics, health-promoting self-care behaviours and adults with brain injuries. Brain injury. 2006 Fev;20(2):133-41.

45. Bohannon RW, Larkin PA, Smith MB, Horton MG. Relationship between static muscle strength deficits and spasticity in stroke patients with hemiparesis. Phys Ther. 1987; 67:1068-71.

46. Jakaitis F. Reabilitação e terapia aquática – aspectos clínicos e práticos de tratamento. São Paulo: Roca; 2007.

47. Biasoli MC, Machado CMC. Hidroterapia: aplicabilidades clínicas. Rev Bras Med 2006 Maio;63(5).

48. Scalzo PL, Zambaldi PA, Rosa DA, Souza DS, Ramos TX, Magalhães V. Efeito de um treinamento específico de equilíbrio em hemiplégicos crônicos. Rev Neurociênc. 2011; 19(1):90-7.

49. Mota RS, Bitencourt JS, Conceição TMA, Cardoso FB, Silva IL, Beresford H. Avaliação do efeito do exercício aeróbico na marcha de indivíduos hemiparéticos. Rev Bras Ci e Mov. 2011;19(2):45-51.

50. Macko RF, Benvenuti F, Stanhope S, Macellari V, Taviani A, Nesi B, et al. Adaptive physical activity improves mobility function and quality of life in chronic hemiparesis. JRRD 2008;45:323-8.

51. Potempa K, Lopez M, Braun L, Szidon P, Fogg L. Tineknell T physiological outcomes of aerobic exereise training in hemiparetie stroke patients. Stroke. 1995;26:1015.

52. Redelmeier DA, Bayoumi AM, Golstein RS, Guyatt GH. Interpreting small differences in functional status: the six minute walk test in chronic lung disease patients. Am J Respir Crit Care Med. 1997;155(4):1278-82.

53. Wise RA, Brown CD. Minimal clinically important differences in the six-minute walk test and the incremental shuttle walking test. COPD. 2005;2(1):125-9.

54. Nascimento LR, Caetano LCG, Freitas DCMA, Morais TM, Polese JC, Teixeira-Salmela LF. Different intructions during the tem-meter walking test determined significant increases in maximum gait speed in individuals with chronic hemiparesis. Rev Bras Fisioter. 2012 Mar;15(1).

55. Parvataneni K, Olney SJ, Brouwer B. Changes in muscle group work associated with changes in gait speed of persons with stroke. Clinical biomechanics. Bristol, Avon. ago. 2007; 22(7):813-20.

56. Dean CM, Richards CL, Malouin F. Walking speed over 10 metres overestimates locomotor capacity after stroke. Clin Rehabil. 2001;15:415-21.

Downloads

Publicado

2015-09-29

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.