EFEITOS DA REALIDADE VIRTUAL EM HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Autores

  • Marcelo Durigon Sardi
  • Rodrigo Costa Schuster Faculdade da Serra Gaúcha
  • Luiz Fernando Calage Alvarenga Faculdade da Serra Gaúcha

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol10n32.1584

Palavras-chave:

Realidade Virtual, Acidente Vascular Encefálico, Hemiparesia.

Resumo

Introdução: A hemiparesia é um comprometimento parcial do hemicorpo, acarretando em seqüelas sensitivas, motoras e cognitivas causando incapacidade funcional, dependência e diminuição da qualidade de vida, afetando a integração social dos indivíduos. Objetivo: Avaliar os efeitos da utilização da realidade virtual na força muscular, grau de recuperação do membro superior e qualidade de vida de hemiparéticos crônicos pós AVE. Método: Foram selecionados 6 pacientes, de forma intencional, com diagnóstico funcional de hemiparesia por AVE. Todos foram submetidos a avaliação fisioterapêutica e submetidos a um treinamento funcional com auxílio do programa interativo do videogame Nintendo Wii®, ao final desse período todos foram reavaliados por um avaliador independente. Resultados: houve significância estatística em quase todos os movimentos avaliados, sendo que somente os movimentos de extensão de ombro, flexão de cotovelo, flexão de punho, extensão de punho e desvio radial não obtiveram significância estatística quanto à amplitude de movimento; na análise dos desfechos qualidade de vida, força muscular e grau de recuperação motora, pode-se observar significância estatística (valor de p). Quanto à destreza manual, pôde-se observar um incremento na média de cubos transportados de uma caixa a outra, sendo que no membro afetado, que foi realizado a intervenção, teve uma média pré-intervenção de 2,3 cubos transportados e pós intervenção de 3,6 cubos transportados.Conclusão: Pôde-se observar que a intervenção por meio da realidade virtual proporcionou aumento na força muscular, grau de recuperação do membro superior e qualidade de vida hemiparéticos crônicos pós AVE, obtendo, assim, mais um recurso terapêutico na fisioterapia.

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Biografia do Autor

Marcelo Durigon Sardi

Fisioterapeuta graduado pela Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

Rodrigo Costa Schuster, Faculdade da Serra Gaúcha

Especialista em Ciências Morfofisiológicas - UDESC

Mestre em Ciências Médicas - UFRGS

Docente da Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

Luiz Fernando Calage Alvarenga, Faculdade da Serra Gaúcha

Mestre em Educação - UFRGS

Docente da Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

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Publicado

2012-09-27

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