EFEITOS DA REALIDADE VIRTUAL EM HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
DOI:
https://doi.org/10.13037/rbcs.vol10n32.1584Keywords:
Realidade Virtual, Acidente Vascular Encefálico, Hemiparesia.Abstract
Introdução: A hemiparesia é um comprometimento parcial do hemicorpo, acarretando em seqüelas sensitivas, motoras e cognitivas causando incapacidade funcional, dependência e diminuição da qualidade de vida, afetando a integração social dos indivíduos. Objetivo: Avaliar os efeitos da utilização da realidade virtual na força muscular, grau de recuperação do membro superior e qualidade de vida de hemiparéticos crônicos pós AVE. Método: Foram selecionados 6 pacientes, de forma intencional, com diagnóstico funcional de hemiparesia por AVE. Todos foram submetidos a avaliação fisioterapêutica e submetidos a um treinamento funcional com auxílio do programa interativo do videogame Nintendo Wii®, ao final desse período todos foram reavaliados por um avaliador independente. Resultados: houve significância estatística em quase todos os movimentos avaliados, sendo que somente os movimentos de extensão de ombro, flexão de cotovelo, flexão de punho, extensão de punho e desvio radial não obtiveram significância estatística quanto à amplitude de movimento; na análise dos desfechos qualidade de vida, força muscular e grau de recuperação motora, pode-se observar significância estatística (valor de p). Quanto à destreza manual, pôde-se observar um incremento na média de cubos transportados de uma caixa a outra, sendo que no membro afetado, que foi realizado a intervenção, teve uma média pré-intervenção de 2,3 cubos transportados e pós intervenção de 3,6 cubos transportados.Conclusão: Pôde-se observar que a intervenção por meio da realidade virtual proporcionou aumento na força muscular, grau de recuperação do membro superior e qualidade de vida hemiparéticos crônicos pós AVE, obtendo, assim, mais um recurso terapêutico na fisioterapia.
Downloads
References
(1) Gonçalves VP. Software de aprendizagem e controle motor para avaliação de indivíduos hemiparéticos: validade e confiabilidade. Florianópolis. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade do Estado de Santa Catarina; 2008.
(2) Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Primeiro consenso brasileiro do tratamento da fase aguda do acidente vascular
cerebral. Arq. Neuropsiquiatr. 2001 dez; 59(4):972-80.
(3) Falcão IV, Carvalho EMF, Barreto KML, Lessa FJD, Leite VMM. Acidente vascular cerebral precoce: implicações para adultos em idade
produtiva atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2004 jan/mar; 4(1):95-102.
(4) Nadeau S, Teixeira-Salmela LF, Gravel D, Onley SJ. Relationships between spasticity, strength of the lower limb and functional
performance of stroke victims. Synapse – News Neurosci Div. 2001; 21:13-18.
(5) Teixeira-Salmela LF, Oliveira ESG, Santana EGS, Resende GP. Fortalecimento muscular e condicionamento físico em hemi-plégicos. Acta Fisiatr 2000; 7(3):108-18.
(6) Bonini Rocha AC. Evidências cognitivas do desenvolvimento da coordenação e do controle motor na aprendizagem: pesquisa experimental interdisciplinar em Educação, Saúde e Neurociências. Porto Alegre. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano: Desenvolvimento e Aprendizagem Motora) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2008.
(7) Schmidt RA, Wrisberg C. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed; 2001.
(8) Cho SH, Shin HK, Kwon YH, Lee MY, Lee YH, Lee CH et al. Cortical activation changes induced by visual biofeedback tracking training
in chronic stroke patients. NeuroRehabilitation. 2007; 22(2):77-84.
(9) Williams LS, Weinberger M, Harris LE, Biller J. Measuring quality of life in a way that is meaningful to stroke patients. Neurology. 1999
Nov; 53(8):1839-43.
(10) Lima V, Caetano JA, Soares E, Santos ZMSA. Fatores de risco associados a hipertensão arterial sistêmica em vitimas de acidente
vascular cerebral. RBPS. 2006; 19(3):148-54.
(11) Mendes MF, Tilbery CP, Balsimelli S, Moreira MA, Cruz AM. Box and block test of manual dexterity in normal subjects and in patients
with multiple sclerosis. Arq. Neuropsiquiatr. 2001 Dec; 59(4):889-94.
(12) Kovelis D, Segretti N, Probst V, Lareau S, Brunetto F, Pitta F. Validação do Modified pulmonary functional status and dyspnea questionnaire e da escala do Medical Research Council para o uso em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica no Brasil. J Bras Pneumol. 2008 dez; 34(12):1008-18. (13) Palmer ML, Epler ME. Fundamentos das técnicas de avaliação musculoesquelética. 2.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.
(14) Cacho EWA, Melo FRLV, Oliveira R. Avaliação da recuperação motora de pacientes hemiplégicos através do protocolo de desempenho físico Fugl-Meyer. Rev Neurocienc 2004 abr/jun; 12:94-102.
(15) Senkiio CH, Kill F, Negretti MR, Oliveira CA, Alves NPF, Souza e Silva SR. A utilização da escala de Fugl-Meyer no estudo do desempenho funcional de membro superior no tratamento de indivíduos hemiparéticos pós-AVE. Fisioter Bras 2005 jan/fev; 6(1):13-8.
(16) Portney LG, Watkins MP. Foundations of clinical research: applications to practice. 3rd ed. New Jersey: Prentice Hall Health, 2009.
(17) Sousa FH. O uso do Nintendo® Wii como instrumento de reabilitação na Fisioterapia: revisão bibliográfica [acesso em 02 out 2011].
Disponível em: <http://artigocientifico.com.br/uploads/artc_1283750849_64.pdf>.
(18) Ching HS, Man LC, Ching TS. A limb action detector enabling people with multiple disabilities to control environmental stimulation
through limb action with a Nintendo Wii remote controller. Res Develop Disabil. 2010; 31(5):1047-53.
(19) Schiavinato AM, Baldan C, Melatto L, Lima L. Influência do Wiifit no equilíbrio de paciente com disfução cerebelar: estudo de caso. J
Health Sci Inst. 2010 jan/mar; 28(1): 50-2.
(20) Dias RS, Sampaio ILA, Taddeo LS. Fisioterapia X Wii: a introdução do lúdico no processo de reabilitação de pacientes em tratamento fisioterápico. In: Proceedings of VIII Brazilian Symposium on Games and Digital Entertainment – SBGames; 2009 Oct 8-10; Rio de Janeiro, Brasil. Rio de Janeiro: IEEE/CPS; 2009.
(21) Merians AS, Jack D, Boian R, Tremaine M, Burdea GC, Adamovich SV et al. Virtual realityaugmented rehabilitation for patients following stroke. Phys Ther 2002 Sep; 82(9):898-915.
(22) Holden M, Todorov E, Callahan J, Bizzi E. Virtual environment training improves motor performance in two patients with stroke: case
report. Neurol Rep. 1999; 23(2):57-67.
(23) Holden M, Dyar T. Virtual environment training: a new tool for neurorehabilitation. Neu rol Rep.2002; 26(2):62-71.
(24) Piron L, Tonin P, Atzori AM, Zucconi C, Massaro C, Trivello E et al. The augmentedfeedback rehabilitation technique facilitates the
arm motor recovery in patients after a recent stroke. Stud Health Technol Inform. 2003; 94:265-7.
(25) Yalon-Chamovitz S, Weiss PL. Virtual reality as a leisure activity for young adults with physical and intellectual disabilities. Res
Dev Disabil. 2008 May/Jun; 29(3):273-87.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2012 Marcelo Durigon Sardi, Rodrigo Costa Schuster, Luiz Fernando Calage Alvarenga

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Policy Proposal for Journals offering Free Delayed Access
Authors who publish in this magazine agree to the following terms:
- Authors maintain the copyright and grant the journal the right to the first publication, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License after publication, allowing the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
- Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this magazine (eg, publishing in institutional repository or as a book chapter), with the acknowledgment of the authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase impact and citation of the published work (See The Effect of Open Access).