EFEITO DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA-3S NOS ANTAGONISTAS SOBRE A DETERMINAÇÃO DA CARGA NO TESTE DE 10RM.
DOI:
https://doi.org/10.13037/rbcs.vol11n38.1929Palavras-chave:
Alongamento muscular, Exercício resistido, Força muscular.Resumo
Introdução: evidências prévias indicam que o treinamento de flexibilidade promove efeito deletério sobre a força muscular, todavia, são escassos achados relacionados aos efeitos potenciais de exercícios de alongamento muscular nos antagonistas sobre o desempenho dos agonistas. Objetivo: verificar o efeito do método de facilitação neuromuscular proprioceptiva-3S (FNP-3S) nos músculos antagonistas sobre a determinação da carga de 10 repetições máximas (RM) dos músculos agonistas no exercício de remada aberta sentada com pegada pronada (RA). Dezoito sujeitos (25 ± 5 anos de idade) do sexo masculino, praticantes de treinamento de força há no mínimo 1 ano participaram do estudo. Materiais e Métodos: dois protocolos foram aplicados para determinação das cargas de 10RM: 1) protocolo tradicional (TRAD) – teste e reteste de 10RM na RA; 2) Protocolo FNP-3S nos antagonistas (FNPA) - foi aplicada uma serie de FNP-3S nos antagonistas (peitorais) antes de cada tentativa de determinação de carga no teste de 10RM. Ao final de cada protocolo registrou-se a sobrecarga e tempo de tensão (TT). Resultados: houve aumento significativo na sobrecarga obtida durante o teste de 10RM no protocolo FNPA (54,3 ± 7,9 kg) quando comparado ao protocolo TRAD (47,94 ± 8,77 kg) de acordo com o teste T pareado (p < 0,05). Não houve diferença significativa no TT entre os protocolos. Conclusão: o método FNP-3S aplicado nos músculos antagonistas promoveu aumento significativo na sobrecarga de 10RM. Sugere-se a utilização deste método em novas pesquisas, possibilitando o surgimento de evidências que venham a contribuir para obtenção de melhores resultados em programas de treinamento e reabilitação.
Downloads
Referências
1. Bradley PS, Olsen PD, Portas MD. The effect of static, ballistic and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. J Strength Cond Res. 2007 Feb; 21(1):223-6.
2. Bagrichevsky M. O Desenvolvimento da flexibilidade: Uma análise teórica de mecanismos neurais intervenientes. Rev Bras Cie Esp. 2002. 24(1):199-210.
3. Cornwell A, Nelson G, Sidaway B. Acute effects of stretching on the neuromechanical properties of the triceps surae muscle complex. Eur J Appl Physiol. 2002 Mar; 86(5):428-34.
4. Wallmann HW, Gillis CB, Martinez NJ. The effects of different stretching techniques of the quadriceps muscles on agility performance in female collegiate soccer athletes: a pilot study. N Am J Sports Phys Ther. 2008 Feb; 3(1):41-7.
5. Power K, Behm D, Cahill F, Carroll M, Young WB. An Acute Bout of Static Stretching: Effects on Force and Jumping Performance. Med Sci Sports Exerc. 2004 Aug; 36(8):1389-96.
6. Kraemer WJ, Adams K, Cafarelli E, Dudley GA, Dooly C, Feigenbaum MS, Fleck SJ, Franklin B, Fry AC, Hoffman JR, Newton RU, Potteiger J, Stone MH, Ratamess NA, Triplett-McBride T. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2002 Feb; 34(2):364-80.
7. Fowles JR, Sale DG, MacDougall JD. Reduced strength after passive stretch of the human plantar flexors. J Appl Physiol. 2000 Sep; 89(3):1179-88.
8. Nelson AG, Kokkonen J, Arnall DA. Acute muscle stretching inhibits muscle strength endurance performance. J Strength Cond Res. 2005 May; 19(2):338-43.
9. Yuktasir B, Kaya F. Investigation into the long-term effects of static and PNF stretching exercises on range of motion and jump performance. J Bodyw Mov Ther. 2009 Jan; 13(1):11-2.
10. Ogura Y, Miyahara Y, Naito H, Katamoto S, Aoki J. Duration of static stretching influences muscle force production in hamstring
muscles. J Strength Cond Res. 2007 Aug; 21(3):788-92.
11. Marek SM, Cramer JT, Fincher AI, Massey Il, Dangelmaier SM, Purkayastha S, Fitz KA, Culbertson JY. Acute Effects of Static and Proprioceptive Neuromuscular Facilitation Stretching on Muscle Strength and Power Output. J Athl Train. 2005 Jun; 40(2):94-103.
12. Franco BL, Signorelli GR, Trajano GS, Oliveira CG. Acute effects of different stretching exercises on muscular endurance. J Strength Cond Res. 2008 Nov; 22(6):1832-7.
13. McBride JM, Deane R, Nimphius N. Effect of stretching on agonist-antagonist muscle activity and muscle force output during single and multiple joint isometric contractions. Scand J Med Sci. Sports 2007 Feb; 17(1):54-60.
14. Higgs F, Winter SL. The effect of a four-week proprioceptive neuromuscular facilitation stretching program on isokinetic torque production. J Strength Cond Res. 2009 Aug; 23(5):1442-7.
15. Sandberg JB, Wagner DR, Willardson JM, Smith GA. Acute effects of antagonist stretching on jump height, torque and electromyography of agonist musculature. J Strength Cond Res. 2012 May; 26(5):1249-56.
16. Paz GA, Maia MF, Lima VP, Oliveira CG, Bezerra E, Simão R, Miranda H. Maximal exercise performance and electromyography responses after antagonist neuromuscular proprioceptive facilitation: a pilot study. JEPonline. 2012; 15(6):60-7.
17. Baechle TR, Earle RW. Essentials of strength training and conditioning. Champaign: Human Kinetics; 2000.
18. Miranda H, Simao R, dos Santos Vigario P, de Salles BF, Pacheco MT, Willardson JM. Exercise order interacts with rest interval during upper-body resistance exercise. J Strength Cond Res. 2010 Jun; 24(6):1573-7.
19. Pereira MIR, Gomes PSC. Efeito do treinamento contra-resistência isotônico com duas velocidades de movimento sobre os ganhos de força. Rev Bras Med Esp. 2007; 13(2):91-6.
20. Robbins DW, Young WB, Behm DG, Payne WR. Effects of agonist-antagonist complex resistance training on upper body strength and power development. J Sport Sci. 2009 Dez; 27(14):1617-25.
21. Robbins DW, Young WB, Behm DG, Payne WR. Agonistantagonist paired set resistance training: a brief review. J Strength Cond Res. 2010 Oct; 24(10):2873-82.
22. Cramer JT, Housh TJ, Johnson GO, Miller JM, Coburn JW, Beck TW. Acute effects of static stretching on peak torque in women. J Strength Cond Res. 2004 May;18(2):236-41.
23. Youdas JW, Haeflinger KM, Kreun MK, Holloway AM, Kramer CM, Hollman JH. The efficacy of two modified proprioceptive neuromuscular facilitation stretching techniques in subjects with reduced hamstring muscle length. Physiother Theory Pract. 2010 May;
26(4):240-50.
24. Jeon HS, Trimble MH, Brunt D, Robinson ME. Facilitation of quadriceps activation following a concentrically controlled knee flexion movement: the influence of transition rate. J Orthop and Sports Phys Ther. 2001 Mar; 31(3):122-9.
25. Maynard J, Ebben W. The effects of antagonist prefatigue on agonist torque and electromyography. J Strength Cond Res. 2003 Aug; 17(3):469-74.
26. Baker D, Newton RU. Acute effect on power output of alternating an agonist and antagonist muscle exercise during complex training. J Strength Cond Res. 2005 Feb; 19(1):202-5.
27. American College of Sports Medicine. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2009 Mar; 34(1):687-708.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Rodrigo Haua, Gabriel Andrade Paz, Marianna de Freitas Maia, Vicente Pinheiro Lima, Samária Ali Cader, Estélio Henrique Martins Dantas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).