Análise da Percepção da Glicemia Capilar de Indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2 Participantes de Um Programa de Exercício Físico Supervisionado

Autores

  • Isabele Góes Nobre Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco
  • Laísa Kalil Buarque Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco
  • Pedro Weldes da Silva Cruz Faculdade de Ciências Médicas/Universidade de Pernambuco
  • Jéssica Aimeé Lins de França Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco
  • Gabriela do Nascimento Lima Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco
  • Denise Maria Martins Vancea Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol10n33.1607

Palavras-chave:

Educação Física, diabetes, exercício físico, percepção, glicemia

Resumo

Introdução: O Diabético tipo 2, com o passar dos anos de diagnóstico, apresenta dificuldades em perceber a variabilidade da glicemia capilar. No exercício físico, a falta desta percepção pode gerar uma situação de risco. Objetivo: Verificar a percepção da glicemia capilar do diabético tipo 2 antes e após sessões de treinamento. Material e Métodos: Estudo realizado com 32 indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 (DM2).  Os indivíduos realizaram três sessões de treinamento semanais.  Os diabéticos foram divididos em três grupos: treinamento aeróbio, treinamento resistido e treinamento combinado (aeróbio e resistido). A coleta da percepção foi feita através de um questionamento sobre a percepção glicêmica antes e após as sessões de exercício, logo em seguida, foi realizada a coleta da glicemia capilar, para posterior comparação. Resultados: A amostra apresentou uma resposta positiva ao correlacionar a glicemia capilar real com a sua percepção glicêmica. Quando comparados os valores glicêmicos com as percepções nos momentos pré e pós intervenção, foi possível verificar uma correlação mais ascendente no pós treino. Quando comparou-se as percepções pré e pós sessões de treinamento, observou-se que a maioria dos indivíduos possuem a capacidade de perceber a queda da glicemia causada após sessões de treinamento. Conclusão: Conclui-se que a amostra estudada apresenta uma resposta positiva quando relacionou a glicemia capilar real com a sua percepção glicêmica, o que poderá contribuir para tomadas decisões adequadas para controle da diabetes e consequentemente evitando complicações crônicas.

Descritores: Diabetes, Exercício Físico, Percepção, Glicemia.

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Biografia do Autor

Isabele Góes Nobre, Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco

Pós-graduanda em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica da Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco - ESEF/UPE. Foi bolsista de Iniciação Científica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC e Programa de Fortalecimento Acadêmico da Universidade de Pernambuco – PFAUPE; Membro do Grupo de Pesquisa Exercício Físico e Doenças Crônicas Não Transmissíveis e do Projeto Doce Vida – Programa de Exercício Físico Supervisionado para Diabéticos – ESEF/UPE;

Laísa Kalil Buarque, Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco

Pós-graduanda em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica da Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco - ESEF/UPE. Foi bolsista de Iniciação Científica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC e Programa de Fortalecimento Acadêmico da Universidade de Pernambuco – PFAUPE; Membro do Grupo de Pesquisa Exercício Físico e Doenças Crônicas Não Transmissíveis e do Projeto Doce Vida – Programa de Exercício Físico Supervisionado para Diabéticos – ESEF/UPE;

Pedro Weldes da Silva Cruz, Faculdade de Ciências Médicas/Universidade de Pernambuco

Mestrando em Ciências Médicas da Faculdade de Ciências Médicas e Instituto de Ciências Biológicas - FCM/ICB/UPE. Membro do Grupo de Pesquisa UNIPECLIN/UPE e Grupo de Pesquisa Exercício Físico e Doenças Crônicas Não Transmissíveis e do Projeto Doce Vida – Programa de Exercício Físico Supervisionado para Diabéticos – ESEF/UPE;

Jéssica Aimeé Lins de França, Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Educação Física da ESEF/UPE e Bolsistas de Iniciação Científica do PIBIC e PFAUPE; Membro do Grupo de Pesquisa Exercício Físico e Doenças Crônicas Não Transmissíveis e do Projeto Doce Vida – Programa de Exercício Físico Supervisionado para Diabéticos – ESEF/UPE;

Gabriela do Nascimento Lima, Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco

Pós-Graduanda em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica da ESEF/UPE;

Denise Maria Martins Vancea, Escola Superior de Educação Física/Universidade de Pernambuco

Professora Adjunto da Escola Superior de Educação Física/UPE/Recife/PE.  Membro do Grupo de Pesquisa UNIPECLIN/HUOC/UPE/RECIFE/PE. Líder do Grupo de Pesquisa Exercício Físico e Doenças Crônicas Não Transmissíveis e coordenadora do Projeto Doce Vida – Programa de Exercício Físico Supervisionado para Diabéticos – ESEF/UPE;

 

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Publicado

2012-11-26

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