Arquiteturas da subversão no cinema brasileiro: Que horas ela volta?
DOI:
https://doi.org/10.13037/ci.vol17n34.3930Palavras-chave:
Cinema brasileiro contemporâneo. Ana Muylaert. Que horas ela volta? Cidade e sociedade brasileira contemporânea. Arquitetura e subversão.Resumo
O artigo trata da potência subversiva que se alojanas imagens de Que horas ela volta? (Brasil,2015, Ana Muylaert), particularmente naquelasque dizem respeito à arquitetura da casa e aosespaços da cidade. O filme, que tem lugar emambientes urbanos típicos da família de classemédia alta do Brasil contemporâneo, articulaenquadramentos de espaços públicos e privadosnos quais se desenvolve uma ação que remete,em certa medida, à dinâmica “casa-grande e senzala” (Gilberto Freyre). O encadeamento cênicoapresenta a artificialidade de sistemas sociascorrompidos e decadentes e implode, poéticae sintomaticamente, as bases anacrônicas que estruturam relações sociais que subsistem e resistemarticuladas por meio de mecanismos tacitamenteadmitidos e reiterados de exploração esegregação consentidas.
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