Arquiteturas da subversão no cinema brasileiro: Que horas ela volta?

Autores

  • Rafael Tassi Teixeira Doutor em sociologia pela Universidade Complutense de Madrid (2004). Vice-coordenador, docente e pesquisador vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (PPGComUTP). Professor adjunto da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
  • Sandra Fischer Pós-doutora em cinema pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO – UFRJ, 2009) e doutora em ciências da comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP, 2002). Docente e pesquisadora vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (PPGCom/UTP).

DOI:

https://doi.org/10.13037/ci.vol17n34.3930

Palavras-chave:

Cinema brasileiro contemporâneo. Ana Muylaert. Que horas ela volta? Cidade e sociedade brasileira contemporânea. Arquitetura e subversão.

Resumo

O artigo trata da potência subversiva que se alojanas imagens de Que horas ela volta? (Brasil,2015, Ana Muylaert), particularmente naquelasque dizem respeito à arquitetura da casa e aosespaços da cidade. O filme, que tem lugar emambientes urbanos típicos da família de classemédia alta do Brasil contemporâneo, articulaenquadramentos de espaços públicos e privadosnos quais se desenvolve uma ação que remete,em certa medida, à dinâmica “casa-grande e senzala” (Gilberto Freyre). O encadeamento cênicoapresenta a artificialidade de sistemas sociascorrompidos e decadentes e implode, poéticae sintomaticamente, as bases anacrônicas que estruturam relações sociais que subsistem e resistemarticuladas por meio de mecanismos tacitamenteadmitidos e reiterados de exploração esegregação consentidas.

Downloads

Biografia do Autor

Rafael Tassi Teixeira, Doutor em sociologia pela Universidade Complutense de Madrid (2004). Vice-coordenador, docente e pesquisador vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (PPGComUTP). Professor adjunto da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).

Doutor em Sociologia pela Universidade Complutense de Madrid (2004). Vice-Coordenador, pesquisador e docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP/PR) e Professor Adjunto da UNESPAR (PR).

Referências

CLIFFORD, J. Dilemas de la cultura. Barcelona: Gedisa, 1988.

DELEUZE, G. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 1990.

DI FELICE, M. Paisagens pós-urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas

do habitar. São Paulo: Annablume, 2009.

FISCHER, S. Durval discos: cinema e estranhamento. In: CATANI, A. M. et al. (Orgs.). Estudos

Socine de cinema, ano VI. São Paulo: Nojosa, 2005. p. 285-292. Disponível em:

www.socine.org.br/livro/vi_estudos_socine.pdf>. Acesso em: 1 jun. 2016.

______. Silêncio, melancolia e perplexidade: a poética do deslugar no cinema contemporâneo. In:

CAPUCHO, R.; VALENTE, A. C. (Orgs.). Avanca i cinema 2013. Avanca: Cine-Clube de

Avanca, 2013. p. 773-778.

FREUD, S. O estranho. In: ______. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud, vol. XVII.

Rio de Janeiro: Imago, 1972.

FREYRE, G. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia

patriarcal. São Paulo: Global, 2015.

LACOUE-LABARTHE, P.; NANCY, J. La panique politique. Paris: Christian Bourgeois, 2013.

MAGNANI, J. G. C. Quando o campo é a cidade: fazendo antropologia na metrópole. In:

MAGNANI, J. G. C.; TORRES, L. L. (Orgs.). Na metrópole: textos de antropologia urbana.

São Paulo: Edusp, 1996.

SIBILIA, P. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

SILVA, A. Imaginários, estranhamentos urbanos. São Paulo: Sesc, 2014.

TEIXEIRA, R. T. Paisagens da crise e identidades de abandono no cinema brasileiro contemporâneo. FAP – Revista Científica, Curitiba, v. 12, p. 263-276, jan./jun. 2015. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.33871/19805071.2015.12.1.1422

<http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/Cientifica12_CompletaCorrigida.pdf>. Acesso

em: 1 jun. 2016.

TURNER, V. O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. São Paulo: Vozes, 1974.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Equívocos da identidade. In: GONDAR, J.; DOBEDEI, V. (Orgs.).

O que é memória social? Rio de Janeiro: ContraCapa, 2005.

Downloads

Publicado

2016-06-20

Como Citar

Teixeira, R. T., & Fischer, S. (2016). Arquiteturas da subversão no cinema brasileiro: Que horas ela volta?. Comunicação & Inovação, 17(34), 120–134. https://doi.org/10.13037/ci.vol17n34.3930