Ensaio Sobre a Investigação Criminal no Modelo Constitucional de Processo
DOI:
https://doi.org/10.13037/dh.n22.1569Resumo
O presente artigo procura compreender a fase investigativa criminal sob a perspectiva do Estado Democrático de Direito. Partindo-se da noção de processo em Elio Fazzalari, busca-se construir uma crítica ao entendimento de que a fase investigativa seria um mero procedimento inquisitorial no qual o investigado é objeto da ação estatal, e não sujeito de direitos. Para isso, este ensaio aborda a distinção entre processo e procedimento segundo a teoria fazzalariana, analisando a possibilidade de participação do investigado na fase investigativa. Posteriormente, examina-se a investigação criminal por meio do modelo constitucional de processo de modo a compreender o microssistema processual penal como fator constitutivo de direitos fundamentais.
Referências
Ensaio sobre a investigação criminal no modelo constitucional de processo 85
6. REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2007.
ANDOLINA, Italo & VIGNERA, Giuseppe. I fondamenti costituzionali della giustizia
civile: Il modello costituzionale del processo civile italiano. 2. ed. Torino: G.
Giappichelli, 1997.
ANDRADE, Manuel da Costa. Métodos ocultos de investigação (Plädoyer para uma
teoria geral). In: BONATO, Gilson (org.). Processo penal, Constituição e crítica.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
BARBOSA, Manoel Messias. Inquérito policial. 5. ed. atual. e ampl. São Paulo:
Método, 2006.
BARROS, Flaviane de Magalhães & MACHADO, Felipe Daniel Amorim. Prisão e
medidas cautelares: nova reforma do processo penal – Lei n. 12.403/2011. Belo
Horizonte: Del Rey, 2011.
BRÊTAS, Ronaldo C. Dias. Processo constitucional e Estado Democrático de
Direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2010.
BÜLOW, Oskar von. La teoría de las excepciones procesales y los presupuestos
procesales. Buenos Aires: Librería El Foro, 2008.
CHOUKR, Fauzi Hassan. Garantias constitucionais na investigação criminal.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.
CONDE, Francisco Muñoz. De nuevo sobre el “Derecho Penal del enemigo”. 2.
ed. ampl. Buenos Aires: Hammurabi, 2008.
CORDERO, Franco. Procedimiento penal. Tomo I. Santa Fe de Bogotá: Temis,
2000.
FAZZALARI, Elio. Istituzioni di Diritto Processuale. VIII Edizione. Padova: Cedam,
1996.
GARIBALDI, Gustavo E. L. Efeitos da videovigilância e outras técnicas de rastreamento
de pessoas. Prevenção ou sofisticada modalidade de aumento da repressão seletiva?
In: BONATO, Gilson (org.). Processo penal, Constituição e crítica. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2011.
GONÇALVES, Aroldo Plínio. Técnica processual e teoria do processo. Rio de Janeiro:
Aide, 2001.
GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa & DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando
a pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey, 2002.
86 Revista USCS – Direito – ano XI - n. 22 – jan./jun. 2012
HABERMAS, Jürgen. Facticidad y validez: sobre el derecho y el Estado democrático
de derecho en términos de teoría del discurso. 6. ed. Madrid: Trotta, 2010.
HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo:
Loyola, 2002.
JAKOBS, Günther. Direito Penal do inimigo. 2ª tiragem. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2009.
LEAL, Rosemiro Pereira. Teoria geral do processo. 6. ed., rev. e ampl. São Paulo:
IOB Thomson, 2005.
MUCCIO, Hidejalma. Inquérito policial. 2. ed. rev., amp. e atual. Jaú: HM, 2006.
NUNES, Dierle José Coelho. Processo jurisdicional democrático: uma análise
crítica das reformas processuais. Curitiba: Juruá, 2009.
PEREIRA, Flávio Cardoso. A moderna investigação criminal: infiltrações policiais,
entregas controladas e vigiadas, equipes conjuntas de investigação e provas periciais
de inteligência. In: CUNHA, Rogério Sanches; TAQUES, Pedro & GOMES, Luiz Flávio
(coords.). Limites constitucionais da investigação. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2009.
SILVA SÁNCHEZ, Jesús María. La expansión del Derecho Penal: aspectos de la
política criminal en las sociedades postindustriales. 3. ed. Buenos Aires: Editorial B
de F, 2011.
______. Tiempos de Derecho Penal. Buenos Aires: Editorial B de F, 2009.
SILVÉRIO JÚNIOR, João Porto. Opinio delicti. 3ª reimpressão. Curitiba: Juruá, 2009.
TORNAGHI, Hélio. A relação processual penal. 2. ed., rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 1987.
WINTER, Lorena Bachmaier. Acusatorio versus inquisitivo. Reflexiones acerca del
proceso penal. In: WINTER, Lorena Bachmaier (coord.). Proceso penal y sistemas
acusatorios. Madrid: Marcial Pons, 2008.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. En busca de las penas perdidas. 5ª reimpresión. Buenos
Aires: Ediar, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Emílio Oliveira Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/
licenses/by-nc-nd/4.0/ que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. - Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).