Ensaio Sobre a Investigação Criminal no Modelo Constitucional de Processo

Autores

  • Emílio Oliveira Silva Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

DOI:

https://doi.org/10.13037/dh.n22.1569

Resumo

O presente artigo procura compreender a fase investigativa criminal sob a perspectiva do Estado Democrático de Direito. Partindo-se da noção de processo em Elio Fazzalari, busca-se construir uma crítica ao entendimento de que a fase investigativa seria um mero procedimento inquisitorial no qual o investigado é objeto da ação estatal, e não sujeito de direitos. Para isso, este ensaio aborda a distinção entre processo e procedimento segundo a teoria fazzalariana, analisando a possibilidade de participação do investigado na fase investigativa. Posteriormente, examina-se a investigação criminal por meio do modelo constitucional de processo de modo a compreender o microssistema processual penal como fator constitutivo de direitos fundamentais.

Biografia do Autor

Emílio Oliveira Silva, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

Graduado em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (2004), especialista em Ciências Penais pelo Instituto de Educação Continuada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2009), além de ser mestrando em Direito Processual pela PUC-MINAS (2010). Tem experiência na advocacia criminal (2004-2009), tendo lecionado as disciplinas de Direito Penal e Prática Jurídica na Universidade Federal de Ouro Preto (2008-2009). Atualmente, exerce o cargo de Delegado de Polícia Civil de Minas Gerais (2009).

Referências

Ensaio sobre a investigação criminal no modelo constitucional de processo 85

6. REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes,

2007.

ANDOLINA, Italo & VIGNERA, Giuseppe. I fondamenti costituzionali della giustizia

civile: Il modello costituzionale del processo civile italiano. 2. ed. Torino: G.

Giappichelli, 1997.

ANDRADE, Manuel da Costa. Métodos ocultos de investigação (Plädoyer para uma

teoria geral). In: BONATO, Gilson (org.). Processo penal, Constituição e crítica.

Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

BARBOSA, Manoel Messias. Inquérito policial. 5. ed. atual. e ampl. São Paulo:

Método, 2006.

BARROS, Flaviane de Magalhães & MACHADO, Felipe Daniel Amorim. Prisão e

medidas cautelares: nova reforma do processo penal – Lei n. 12.403/2011. Belo

Horizonte: Del Rey, 2011.

BRÊTAS, Ronaldo C. Dias. Processo constitucional e Estado Democrático de

Direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2010.

BÜLOW, Oskar von. La teoría de las excepciones procesales y los presupuestos

procesales. Buenos Aires: Librería El Foro, 2008.

CHOUKR, Fauzi Hassan. Garantias constitucionais na investigação criminal.

São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.

CONDE, Francisco Muñoz. De nuevo sobre el “Derecho Penal del enemigo”. 2.

ed. ampl. Buenos Aires: Hammurabi, 2008.

CORDERO, Franco. Procedimiento penal. Tomo I. Santa Fe de Bogotá: Temis,

2000.

FAZZALARI, Elio. Istituzioni di Diritto Processuale. VIII Edizione. Padova: Cedam,

1996.

GARIBALDI, Gustavo E. L. Efeitos da videovigilância e outras técnicas de rastreamento

de pessoas. Prevenção ou sofisticada modalidade de aumento da repressão seletiva?

In: BONATO, Gilson (org.). Processo penal, Constituição e crítica. Rio de Janeiro:

Lumen Juris, 2011.

GONÇALVES, Aroldo Plínio. Técnica processual e teoria do processo. Rio de Janeiro:

Aide, 2001.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa & DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando

a pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey, 2002.

86 Revista USCS – Direito – ano XI - n. 22 – jan./jun. 2012

HABERMAS, Jürgen. Facticidad y validez: sobre el derecho y el Estado democrático

de derecho en términos de teoría del discurso. 6. ed. Madrid: Trotta, 2010.

HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo:

Loyola, 2002.

JAKOBS, Günther. Direito Penal do inimigo. 2ª tiragem. Rio de Janeiro: Lumen

Juris, 2009.

LEAL, Rosemiro Pereira. Teoria geral do processo. 6. ed., rev. e ampl. São Paulo:

IOB Thomson, 2005.

MUCCIO, Hidejalma. Inquérito policial. 2. ed. rev., amp. e atual. Jaú: HM, 2006.

NUNES, Dierle José Coelho. Processo jurisdicional democrático: uma análise

crítica das reformas processuais. Curitiba: Juruá, 2009.

PEREIRA, Flávio Cardoso. A moderna investigação criminal: infiltrações policiais,

entregas controladas e vigiadas, equipes conjuntas de investigação e provas periciais

de inteligência. In: CUNHA, Rogério Sanches; TAQUES, Pedro & GOMES, Luiz Flávio

(coords.). Limites constitucionais da investigação. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 2009.

SILVA SÁNCHEZ, Jesús María. La expansión del Derecho Penal: aspectos de la

política criminal en las sociedades postindustriales. 3. ed. Buenos Aires: Editorial B

de F, 2011.

______. Tiempos de Derecho Penal. Buenos Aires: Editorial B de F, 2009.

SILVÉRIO JÚNIOR, João Porto. Opinio delicti. 3ª reimpressão. Curitiba: Juruá, 2009.

TORNAGHI, Hélio. A relação processual penal. 2. ed., rev. e atual. São Paulo:

Saraiva, 1987.

WINTER, Lorena Bachmaier. Acusatorio versus inquisitivo. Reflexiones acerca del

proceso penal. In: WINTER, Lorena Bachmaier (coord.). Proceso penal y sistemas

acusatorios. Madrid: Marcial Pons, 2008.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. En busca de las penas perdidas. 5ª reimpresión. Buenos

Aires: Ediar, 2009.

Downloads

Publicado

2012-09-18

Como Citar

Silva, E. O. (2012). Ensaio Sobre a Investigação Criminal no Modelo Constitucional de Processo. Direito E Humanidades, (22). https://doi.org/10.13037/dh.n22.1569

Edição

Seção

Artigos