SERIAM AS PROFISSIONAIS DE ATENDIMENTO AS GENIS DAS AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/ci.vol25n53.8785

Palavras-chave:

Trabalho publicitário, Contradições do Capitalismo, Mulheres

Resumo

O presente artigo é parte da pesquisa de doutorado do autor e busca refletir sobre as situações contraditórias vividas pelas mulheres no trabalho publicitário, com foco principal nas profissionais de atendimento. Parte-se do princípio de que diferentes grupos possuem distintas experiências com as contradições do capitalismo e essas últimas, por uma questão ontologicamente, são apreendidas pelos discursos dos trabalhadores. Para tanto, analisamos qualitativamente os comentários da lista “Como é Trabalhar aí? 2.0”, um documento construído de forma colaborativa e anônima que traz milhares de depoimentos de trabalhadores sobre suas rotinas nas agências de publicidade brasileiras. Nossos resultados apontam que os grupos socialmente vulneráveis são os que mais sentem as contradições do capital, ao ponto de, no caso das mulheres, eles serem, ao mesmo tempo, valorizadas e desprezadas apenas por suas características de gênero.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dôuglas Aparecido Ferreira

              Professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social e da graduação em Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso. Doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais com período de intercâmbio na Ural Federal University (UrFU - Ecaterimburgo - Rússia). Especialista em Gestão de Marcas e Identidade Corporativa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e bacharel em Comunicação Social - habilitação em Publicidade e Propaganda - pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Vencedor do Prêmio ABRAPCORP de Teses e Dissertações em 2017 e autor do livro O jornal que subiu as escadas.

Referências

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho.11ed. São Paulo: Boitempo, 2009.

AUCAR, Bruna Santana. A publicidade no Brasil: agências, poderes e modos de trabalho (1914-2014). Tese (doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Comunicação Social, 2016.

BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. Boitempo Editorial, 2018.

CARRASCOZA, J.A. E o vento mudou: as transformações do trabalho publicitário. In CASAQUI, V. et al. (orgs.). Trabalho em publicidade e propaganda: história, formação profissional, comunicação e imaginário. São Paulo: Atlas, p. 1-30, 2011.

CASAQUI, Vander; RIEGEL, Viviane; BUDAG, Fernanda. Publicidade imaginada: a visão dos estudantes sobre o mundo do trabalho publicitário. In: CASAQUI, Vander et al. (orgs). Trabalho em publicidade e propaganda: história, formação profissional, comunicação e imaginário. São Paul: Atlas, 2011.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira da língua portuguesa. 2. ed. rev. e acrescida de um suplemento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

EAGLETON, T. Marx estava certo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

FIGARO, Roseli. Comunicação e trabalho: implicações teórico-metodológicas. Galáxia (São Paulo), n. 39, p. 177-189, 2018.

FÍGARO, Roseli A. Perfil sociocultural dos comunicadores: conhecendo quem produz a informação publicitária. In: Trabalho em publicidade e propaganda. São Paulo: Atlas, 2011.

GROHMANN, R. A dança dialética do trabalho em uma cooperativa de jornalistas: o caso do Tiempo Argentino. Estudos em Jornalismo e Mídia, v. 17, n. 1, p. 169-181, Jan-Jun, 2020.

HANSEN, F.; WEIZENMANN, C. S. Elas não querem criar? Apontamentos sobre a institucionalização do trabalho de criação publicitária no mercado de Porto Alegre. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 18, n. 1, p. 21–36, 2015.

HARVEY, D. 17 contradições e o fim do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2016.

HUWS, Ursula. Labor in the Global Digital Economy: the cybertariat comes of age. New York: Monthly Review Press, 2014.

NETTO, José Paulo. Introdução ao estudo do método de Marx. 1.ed. - São Paulo: Expressão Popular, 2011. 64 p.

MARX, Karl. O Capital-Livro 1: Crítica da economia política. Livro 1: O processo de produção do capital. Boitempo Editorial, 2015.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010.

RIBEIRO, M. Mulheres ainda são raridade na criação. 2011. O Estado de São Paulo, Caderno Negócio. Disponível em: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,mulheres-ainda-sao-raridade-na-criacao-imp-,737359. Acesso em: 7 de nov. de 2021.

SANTOS, Filipe Bordinhão dos. Enfrentamentos na produção: os profissionais da criação, o campo e a construção do masculino na publicidade. 2017. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Maria.

Downloads

Publicado

2022-12-19