Competência midiática: o ativismo dos fãs de The Handmaid’s Tale

Autores

  • Daiana Sigiliano Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Gabriela Borges Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.13037/ci.vol19n40.5179

Palavras-chave:

competência midiática, ativismo, the handmaid's tale

Resumo

A competência midiática envolve o domínio de conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos em relação ao conteúdo. Nesse sentido, o fenômeno contribui para a autonomia e o desenvolvimento da capacidade crítica dos cidadãos. A partir deste aporte teórico, este artigo tem como objetivo analisar as dimensões da competência midiática que estão em operação nos protestos organizados pelos fãs de The Handmaid’s Tale. Conclui-se que, a partir do universo ficcional da trama, os telespectadores ávidos se engajam em prol dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero.

Downloads

Biografia do Autor

Daiana Sigiliano, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Membro do grupo do Grupo de Pesquisa em Redes, Ambientes Imersivos e Linguagens da Universidade Federal de Juiz de Fora e do Grupo de Pesquisa em Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva da Universidade Federal do Amapá. Vice-coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual. Pesquisadora da Rede Obitel e da Rede de Pesquisa Aplicada Jornalismo e Tecnologias Digitais.

Gabriela Borges, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com estágios nas Universidades Autônoma de Barcelona, Dublin Trinity College e Algarve. Pós-doutora pela Universidade do Algarve, em Portugal. Professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual e integrante da Rede Euroamericana de Alfabetização Midiática, sendo coordenadora da equipe brasileira.

Referências

AMARAL, A.; SOUZA, R. V.; MONTEIRO, C. De Westeros no #vemprarua à shippagem do beijo gay na TV

brasileira. Ativismo de fãs: conceitos, resistências e práticas na cultura digital. Galáxia, São Paulo,

n. 29, p. 141-154, jun. 2015. Disponível em: <https://bit.ly/2k7VwIi>. Acesso em: 31 jan. 2018.

BENNETT, L. Tracing textual poachers: reflections on the development of fan studies and digital fandom.

Journal of Fandom Studies, Oxford, v. 2, n. 1, p. 5-20, 2014. Disponível em: <https://bit.ly/2Gywpfh>.

Acesso em: 31 jan. 2018.

BONDARENKO, V. Planned parenthood staged a ‘Handmaid’s Tale’: inspired demonstration on Capitol

Hill to protest the healthcare bill. Business Insider, New York, 27 jun. 2017. Disponível em:

<https://read.bi/2KyEePK>. Acesso em: 31 jan. 2018.

BOOTH, P. Digital fandom: new media studies. New York: Peter Lang, 2010.

BORGES, G. et al. Fãs de Liberdade, Liberdade: curadoria e remixagem na social TV. In: Vassallo de

Lopes, M. I. (Ed.). Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira II: práticas de fãs no ambiente da cultura participativa. Porto Alegre: Sulina, 2017. p. 93-135.

BROUGH, M.; SHRESTHOVA, S. Fandom meets activism: rethinking civic and political participation.

Transformative Works and Cultures, New York, v. 10, 2012. Disponível em: <https://bit.ly/2KBkxa1>.

Acesso em: 31 jan. 2018.

DOW, B. Ally McBeal, lifestyle feminism, and the politics of personal happiness. The Comunication

Review, Abingdon, v. 5, n. 4, p. 259-264, set. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2IseE2a>.

Acesso em: 31 jan. 2018.

FERRERO, C. No mundo pós-Trump, a revolução feminista se tingiu de vermelho. El País, São Paulo,

15 jul. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2GyS8Pu>. Acesso em: 31 jan. 2018.

FERRÉS, J; PISCITELLI, A. Competência midiática: proposta articulada de dimensões e indicadores.

Lumina, Juiz de Fora, v. 9, n, 1, p. 1-16, jan. 2015. Disponível em: <https://bit.ly/2rWbUgE>.

Acesso em: 31 jan. 2018.

GRANDÍO, M. Adictos a las series: 50 años de lecciones de los fanes. Barcelona: UOC, 2016.

‘HANDMAID’S tale’ protest at US Ohio abortion bill. BBC, Londres, 13 jun. 2017. Disponível em:

<https://bbc.in/>. Acesso: 31 jan. 2018.

HAUSER, C. A Handmaid’s Tale of Protest. The New York Times, 30 jun. 2017. Disponível em:

<https://nyti.ms/2IvFBOh>. Acesso em: 31 jan. 2018.

HERRERO-DIZ, P. et al. Estudio de las competencias digitales en el espectador fan español. Palabra

Clave, Bogotá, v. 20, n. 4, p,17-947, dez. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2uMbGPz>. Acesso

em: 31 jan. 2018.

HIRSJÄRVI, I. Alfabetización mediática, fandom y culturas participativas. Un desafío global. Anàlisi Monogràfic,

Barcelona, n. 48, p. 37-48, set. 2013. Disponível em: <https://bit.ly/2IRWcPP>. Acesso em: 31 jan. 2018.

JENKINS, H. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2008.

______. Invasores do texto: fãs e cultura participativa. Rio de Janeiro: Marsupial, 2015.

______. Lendo criticamente e lendo criativamente. Matrizes, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 11-24, jul. 2012.

Disponível em: <https://bit.ly/2EkqAMr>. Acesso em: 31 jan. 2018.

JENKINS, H.; GREEN, J.; FORD, S. Cultura da conexão: criando valor e significado por meio da mídia

propagável. São Paulo: Aleph, 2014.

JONES, B. Being of service: X-Files fans and social engagement. Transformative Works and Cultures,

Tulane, v. 10, p.1-1, mar. 2011. Disponível em: <https://bit.ly/2LwqXaD>. Acesso em: 7 jun. 2018.

LEVINE, E. Grey’s Anatomy: Feminism. In: THOMPSON, E.; MITTELL, J. (Eds.). How to watch

television. New York: New York University Press, 2013. p. 139-147.

LOTZ, A. Redesigning women: television after the network era. Chicago: University of Illinois Press, 2006.

MARTIN, B. Homens difíceis: os bastidores do processo criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad

Men e outras séries revolucionárias. São Paulo: Aleph, 2014.

MITTELL, J. Television and American culture. New York: Oxford University Press, 2010.

MORGAN, E. Mission. The Handmaid’s Coalition, 11 dez. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2M1Mg5b>.

Acesso em: 7 jun. 2018.

PEARSON, R. Fandom in the digital era. Popular Communication: The International Journal of Media

and Culture, Abingdon, v. 8, n. 1, p. 84-95, fev. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2q5Q7nu>.

Acesso em: 31 jan. 2018.

PONIEWOZIC, J. Saving Chuck: dont’t applaud, throw money. Time, New York, 23 abr. 2009. Disponível

em: <https://ti.me/2KAqrbb>. Acesso em: 31 jan. 2018.

RECUERO, R. A conversação em rede: comunicação mediada pelo computador e redes sociais na internet.

2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2014.

ROSE, F. The art of immersion: how the digital generation is remaking Hollywood, Madison Avenue, and

the way we tell stories. New York: W. W. Norton & Company, 2011.

SIGILIANO, D.; CAVALCANTI, G.; BORGES, G. Feminismo e TV Social: a repercussão dos telespectadores interagentes sobre o empoderamento de Dana Scully em The X-Files. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 40., 2017, Curitiba. Anais… Curitiba:

Intercom, 2017. p. 1-15. Disponível em: <https://bit.ly/2GxieCa>. Acesso em: 31 jan. 2018.

THE HANDMAID’S COALITION. The handmaid’s guide. [S.l.], 2017. Disponível em:

<https://bit.ly/2rUG5q5>. Acesso em: 31 jan. 2018.

THE SYMBOLISM of the color red in The Handmaid’s Tale. Vanity Fair, New York, 10 maio 2017.

Disponível em: <https://bit.ly/2IvVCnn>. Acesso em: 31 jan. 2018.

VAGIANOS, A. Estas mulheres receberam Donald Trump vestidas como Offred, de ‘Handmaid’s Tale’.

Huffpost, 6 jul. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2rVETTD>. Acesso em: 18 maio 2018.

VAN ZOONEN, L. Entertaining the citizen: when politics and popular culture converge. Lanham: Rowman

& Littlefield, 2004.

WILLINGHAM, A. Activists are using a decades-old novel as a protest. CNN, Texas, 27 mar. 2017.

Disponível em: <https://cnn.it/2JqK9WS>. Acesso em: 31 jan. 2018.

Downloads

Publicado

2018-07-20

Como Citar

Sigiliano, D., & Borges, G. (2018). Competência midiática: o ativismo dos fãs de The Handmaid’s Tale. Comunicação & Inovação, 19(40), 106–122. https://doi.org/10.13037/ci.vol19n40.5179