A cobertura jornalística do caso Mayara Amaral: reflexões sobre um feminicídio anunciado
DOI:
https://doi.org/10.13037/ci.vol19n40.5156Palavras-chave:
cobertura jornalística, feminicídio, violência contra a mulherResumo
Trazemos para este trabalho uma discussão jurídica e conceitual da violência contra a mulher, atrelada à análise exploratória e comparativa da cobertura jornalística de um caso específico de feminicídio: da musicista campo-grandense Mayara Amaral, que colocou em debate o uso da tipificação, além da própria abordagem midiática. Selecionamos as notícias sobre o caso em veículos on-line de diferentes perfis editoriais: Campo Grande News, Folha de S.Paulo, El País Brasil e revista Veja, e constatamos pautas diretamente influenciadas pelas mobilizações sociais em rede, preocupadas em noticiar o crime, mas não em contextualizar suas motivações.
Downloads
Referências
BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
8 ago. 2006. Seção 1, p. 1. Disponível em: <https://bit.ly/2IOp24n>. Acesso em: 25 maio 2018.
______. Lei n. 13.104, de 9 de março de 2015. Altera o art. 121 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 – Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de
homicídio. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 mar. 2015. Seção 1, p. 1. Disponível em:
<https://bit.ly/2IOkaYZ>. Acesso em: 25 maio 2018.
CAMPBELL, U. A confissão do assassino de Mayara: “Fui movido pelo ódio”. Veja, São Paulo, 15 ago.
2017. Disponível em: <https://abr.ai/2IRCznC>. Acesso em: 20 dez. 2017.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FENAJ – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS. Código de Ética dos jornalistas brasileiros.
Brasília, DF: Fenaj, 2007.
FRIAS, S. Assassinato de jovem professora a marteladas choca MS e 3 são presos. Folha de S.Paulo, São
Paulo, 29 jul. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2sdv2sn>. Acesso em: 20 dez. 2017.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010
MARTÍN, M. Mayara Amaral, a violonista de Campo Grande morta duas vezes. El País, São Paulo, 29 jul.
2017. Disponível em: <https://bit.ly/2IQDPrn>. Acesso em: 20 dez. 2017.
MARTINS, M. L.; CARVALHO, C. A. Crimes de proximidade contra mulheres em relações de gênero:
dimensões políticas de um problema no Brasil e em Portugal a partir da cobertura jornalística. In:
PRIOR, H.; GUAZINA, L.; ARAÚJO, B. (Orgs.). Diálogos lusófonos em comunicação e política.
Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2016. p. 125-148.
ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. ONU Mulheres. Diretrizes Nacionais Feminicídio.
Brasília, DF: Secretaria de Política para as Mulheres, 2016. Disponível em: <https://bit.ly/1Savq1w>. Acesso em: 30 set. 2017.
PADILHA, S. Os valores-notícia no webjornalismo. In: LONGHI, R.; D’ANDRÉIA, C. (Orgs.). Jornalismo
convergente: reflexões, apropriações, experiências. Florianópolis: Insular, 2012. p. 199-217.
PRADO, D.; SANEMATSU, M. (Orgs.). Feminicídio: invisibilidade mata. São Paulo: Instituto Patrícia
Galvão, 2017.
RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2010.
RODRIGUES, L.; BOGO, A. Mayara foi espancada até a morte em motel por dupla que queria roubar
carro. Campo Grande News, Campo Grande, 26 jul. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2KVBWtQ>. Acesso em: 20 dez. 2017.
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SCHWINGEL, C. Ciberjornalismo. São Paulo: Paulinas, 2012.
SÉKULA, R. J. A paródia do jornalismo contribui para sua crise? In: Questões para um jornalismo em
crise. CHRISTOFOLETTI, R. (Org.). Florianópolis: Insular, 2015.
SILVA, L. M. Sociedade, esfera pública e agendamento. In: Metodologia de pesquisa em jornalismo.
BENETTI, M.; LAGO, C. (Orgs.). 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
TRAQUINA, N. O poder do jornalismo: análise e textos da teoria do agendamento. Coimbra: Minerva,
2000.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil. São Paulo: Instituto Sangari,
2015. Disponível em: <https://bit.ly/2LixlmB>. Acesso em: 30 set. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Katarini Giroldo Miguel, Tainá Mendes Jara, Lynara Ojeda de Souza

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Conforme consta nas normas da revista, o envio de artigos e textos solicitando a apreciação com a finalidade de publicação na Comunicação & Inovação, configura a cessão de direitos autorais.
No caso de fotos e imagens, o autor deve providenciar documento que ateste a permissão em termos de direitos autorais.