Creatina: Estratégia ergogênica no meio esportivo. Uma breve revisão.

Authors

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol13n43.2539

Keywords:

creatina, suplementação alimentar, exercício, hipertrofia, força muscular

Abstract

Introdução: Os suplementos alimentares têm sido muito utilizados por atletas e praticantes de atividade física para melhoria da performance e para fins estéticos. Entre os mais populares, encontra-se a creatina, cujo uso está associado, entre outros, a ganho de força e massa muscular. Objetivo: Investigar as formas de comercialização, as prevalências de consumo e os efeitos do uso de creatina. Materiais e métodos: Utilizaram-se as bases de pesquisa on-line PubMed/Medline e Scielo para detectar artigos disponíveis e publicados em língua portuguesa e inglesa no período de 2007 a 2013. As referências citadas nesses artigos também foram revisadas, além de sites de empresas que comercializam o produto. Foram incluídos estudos com seres humanos maiores de idade e saudáveis. Resultado: A creatina é comercializada sob diversas formas e estados físicos, sendo mais comum encontrá-la em pó e adicionada de outras substâncias, como carboidratos e proteínas. A prevalência de consumo varia de 10% a 89% em estudos recentes, e o protocolo de suplementação prevê uma fase de sobrecarga, seguida da fase de manutenção. A renovação mais rápida de energia, o ganho de força e o aumento da massa corporal total são os efeitos ergogênicos mais evidentes relacionados ao uso da creatina. Outros possíveis benefícios, tais como redução da acidez muscular e termorregulação, são bastante controversos. Efeitos nocivos não foram comprovados, entretanto, são necessários mais estudos. Conclusão: As evidências apontam que a creatina pode ser um recurso ergogênico eficiente e relativamente seguro, desde que o seu uso seja orientado por profissiona lhabilitado.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Mariana Santos Rodrigues Leite, Federal University of Viçosa
    Nutricionista
  • Stéphane Castellar Sousa, Federal University of Viçosa
    Nutricionista
  • Fernanda Mendonça Silva, Federal University of Viçosa
    Nutricionista
  • João Carlos Marins Bouzas, Federal University of Viçosa
    Educador físico. Professor. Doutor. Departamento de Educação Física

References

1. Hernandez AJ, Nahas RM. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esport. 2009;15(3):3-12.

2. Pereira LP. Utilização de recursos ergogênicos nutricionais e/ou farmacológicos em uma academia da cidade de Barra do Piraí, RJ. Rev Bras Nut Esport. 2014;8(43):58-64.

3. Silva AA, Marins JCB. Consumo e nível de conhecimento sobre recursos ergogênicos em atletas. Biosci J. 2013;29(4):1038-48.

4. Andrade LA, Braz VG, Nunes APO, Velutto JN, Mendes RR. Consumo de suplementos alimentares por clientes de uma clínica de nutrição esportiva de São Paulo. R Bras Ci e Mov. 2012;20(3):27-36.

5. Cooper R, Naclerio F, Allgrove J, Jimenez A. Creatine supplememntation with specific view to exercise/sports performance: an update. JISSN. 2012;9(33):1-11.

6. Gualano B, Roschel H, Lancha-Jr H, Brightbill CE, Rawson ES. In sickness and in health: the widespread application of creatine supplementation. Amino Acids. 2012;43:519-29.

7. Poortmans JR, Rawson ES, Burke LM, Stear SJ, Castell LM. A-Z of nutricional supplements: dietary supplements, sports nutrition foods and ergogenic aids for health and performance Part 11. Br J Sports Med. 2010;44:765-66.

8. Tarnopolsky MA. Caffeine and creatine use in sports. Ann Nutr Metab. 2010;57(suppl. 2):1-8.

9. Peralta J, Amancio OMS. A creatina como suplemento ergogênico para atletas. Rev Nutr. 2002;15(1):83-93.

10. Fontana KE, Casal HMV, Baldissera V. Creatina como suplemento ergogênico. Rev Digital Buenos Aires [Internet]. 2003 [citado em: 17 dez. 2013];9(60). Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd60/creatina.htm

11. Mendes RR, Tirapegui J. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade física: conceitos atuais. Arch Latinoam Nutr. 2002;52(2):117-27.

12. Kreider RB, et al. Effects of creatine supplementation on body composition, strength, and sprint performance. Med Sci Sports Exerc. 1998;30(1):73-82.

13. Rawson E, Venezia AC. Use of creatine in the elderly and evidence for effects on cognitive function in young and old. Amino Acids. 2011;40:1349-62.

14. Jäger R, Purpura M, Shao A, Inoue T, Kreider RB. Analysis of the efficacy, safety, and regulatory status of novel forms of creatine. Amino Acids. 2011;40:1369-83.

15. Williams MH, Kreider RB, Branch JB. Creatina [Internet]. São Paulo: Manole; 2000 [citado em: 07 ago.2012]. Disponível em: http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=PPA_y1_fSG8C&oi=fnd&pg=PR9&dq=creatina+e+reten%C3%A7%C3%A3o+-

de+l%C3%ADquido&ots=b17vC83Rys&sig=2xoTmz9N9nlPQa3Iy6UGfFH0djs#v=onepage&q=creatina%20e%20reten%C3%A7%C3%A3o%20de%20l%C3%ADquido&f=false.

16. American college of sports medicine. ACSM's Guidelines for exercise testing and prescription [Internet]. 2009 [citado em: 24 nov. 2013]. 8a ed. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/39307549/Acsm-s-Gdlns-Ex-Test-Prescrp-8ed.

17. Hultman E, Soderlund K, Timmons JA, Cederblad G, Greenhaff PL. Muscle creatine loading in men. J Appl Physiol. 1996:232-37.

18. Balson PD, Soderlund K, Ekblom B. Creatine in humans with special reference to creatine supplementation. Sports Med. 1994;18(4):268-80.

19. Greenhaff PL, Bodin K, Soderlund K, Hultman E. Effect of oral creatine supplementation on skeletal muscle phosphocreatine resynthesis. Am J Physiol. 1994;266(5):725-30.

20. Mujika I, Chatard JC, Lacoste L, Barale F, Geyssant A. Creatine supplementation does not improve sprint performance in competitive swimmers. Med Sci Sports Exercise. 1996;28(11):1435-40.

21. Yquel RJ, Arsac LM, Thiaudiere E, Canioni P, Manier G. Effect of creatine supplementation on phosphocreatine resynthesis, inorganic phosphate accumulation and pH during intermittent maximal exercise. J Sports Sci. 2001;20(5):427-37.

22. Maughan RJ. Nutritional ergogenic aids and exercise performance. Nut Res Rev. 1999;12:255-80.

23. Ziegenfuss TN, Lowery LM, Lemon PWR. Acute fluid volume changes in men during three days of creatine supplementation. J Exerc Physiol Online [Internet]. 1998 [citado em: 12 out. 2012];1(3):1-10. Disponível em: http://www.asep.org/asep/asep/jan13d.htm

24. Branch JD, Schuarz WD, Lunen BD. Effect of creatine supplementation on cycle ergometer exercise in hyperthermic environment. J of Strength and Cond Reserch. 2007;21(1):57-61.

25. Jagim AR et al. A buffered form of creatine does not promote greater changes in muscle creatine content, body composition, or training adaptations than creatine monohydrate. J Int Soc Sports Nutr. 2012;9(43).

26. Olsen S. Creatine supplementation augments the increase in satellite cell and myonuclei number in human skeletal muscle induced by strength training. J Physiol. 2006;573(2):525-34.

27. Souza Júnior TP, Dubas JP, Pereira B, De Oliveira PR. Suplementação com creatina e exercício físico. Rev Trein Desp. 2007;8(1):65-70.

28. Haussinger D et al. Estado de hidratação celular: um determinante importante do catabolismo proteico na saúde e na doença. Lancet. 1993;341:1330-2.

29. Hunger MS, Prestes J, Leite RD, Pereira GB, Cavaglieri CR. Efeitos de diferentes doses de suplementação de creatina sobre a composição corporal e força máxima dinâmica. Rev Educ Fís. 2009;20:251-8.

30. Batista JMA, Bravo YJ, Costa EM, De Paula RRR, Araújo AFM, Cunha RM. Suplementação de creatina e treinamento de força: alterações antropométricas e na resultante força máxima. Rev Eletrônica Saúde e Ciência. 2010.

31. Donatto F, Prestes J, Silva FG, Capra E, Navarro F. Efeitos da suplementação aguda de creatina sobre parâmetros de força e composição corporal de praticantes de musculação. Rev Bras Nut Esport. 2007;1(2):38-44.

32. Dalbo VJ, Roberts MD, Stout JR, Kerksick CM. Putting to rest the myth of creatine supplementation leading to muscle cramps and dehydration. Br J Sports Med. 2008;42:567-73.

33. Wright GA, Grandiean PW, Pascoe DD. The effects of creatine loading on thermoregulation and intermittent sprint exercise performance in a hot humid environment. J of Strenght and Cond Reserch. 2007;21(3):655-60.

34. Mendel RW, Blegen M, Cheatham C, Antonio J, Ziegenfuss T. Effects of creatine on thermoregulatory responses while exercising in the heat. Nutrition. 2005;21(3):301-7.

35. Lopez RM, Casa DJ, McDermott BP, Ganio MS, Armstrong LE, Maresh CM. Does creatine supplementation hinder exercise heat tolerance or hydration status? A systematic review with meta-analyses. J of Athletic Training. 2009;44(2):215-23.

36. Carvalho APPF, Molina GE, Fontana KE. Suplementação com creatina associada ao treinamento resistido não altera as funções renal e hepática. Rev Bras Med Esporte [Internet]. 2011 [citado em: 11 jun. 2012];17(4). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v17n4/v17n4a04.pdf

37. Pimenta MG, Lopes AC. Consumo de suplementos nutricionais por praticantes de atividade física de academias de ginástica de Cascavel-PR. Simpósio Celafiscs; 2007.

38. Alencar et al. Consumo de suplementos alimentares por praticantes de musculação nas academias da cidade de OuricuriPE. EFDesportes [Internet] 2010 [citado em: 20 dez. 2013]. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd151/consumo-de-suplementos-alimentares-nas-academias.htm

39. Gomes RML. Consumo de suplementos alimentares em frequentadores de ginásio na cidade de Coimbra [Trabalho de conclusão de curso]. Coimbra: Universidade de Coimbra, Faculdade de Medicina; 2010.

40. Pedrosa OP, Silva AC da, Pinho ST de. Utilização de suplementos nutricionais por praticantes de musculação em academias da cidade de Porto Velho Rondônia. Anais da Semana Educa. 2011;1(1).

41. Domingues SF, Marins JCB. Utilização de recursos ergogênicos e suplementos alimentares por praticantes de musculação em Belo Horizonte-MG. Fit Perf J. 2007;6(4):218-26.

42. Chilibeck PD, Magnus C, Anderson M. Effect of in-season creatine supplementation on body composition and performance in rugby union football players. Appl Physiol Nutr Metab. 2007;32(6):1052-7.

43. Cribb PJ, Williams AD, Stathis CG, Carey MF, Hayes A. Effects of whey isolate, creatine, and resistance training on muscle hypertrophy. Med Sci Sports Exer. 2007;39:298-307.

44. Souza Júnior TP, Dubas JP, Pereira B, De Oliveira PR. Suplementação de creatina e treinamento de força: alterações na resultante de força máxima dinâmica e variáveis antropométricas em universitários submetidos a oito semanas de treinamento de força (hipertrofia). Rev Bras Med Esporte. 2007;13(5):303-9.

45. Easton C, Turner S, Pitsiladis YP. Creatine and glycerol hyperhydration in trained subjects before exercise in the heat. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2007;17:70-91.

Published

2015-03-16

How to Cite

Leite, M. S. R., Sousa, S. C., Silva, F. M., & Bouzas, J. C. M. (2015). Creatina: Estratégia ergogênica no meio esportivo. Uma breve revisão. Journal of Health Care, 13(43). https://doi.org/10.13037/rbcs.vol13n43.2539