Atividade terapêutica do anticorpo monoclonal evolocumab contra proteínas PCSK9 na modulação do colesterol LDL: revisão sistemática

Autores

  • Mario Henrique Quim Ferreira Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil
  • Rodrigo Metzker Pereira Ribeiro Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasiloeste)
  • Ana Beatriz Antunes Funes Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil
  • Bruna Mohine Oliveira Faustino Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil
  • Fernanda Cardin Segato Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil
  • Luana Lozano Cardoso de Mattos Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil
  • Thais Caroline dos Santos Carvalho Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil
  • Carlos Funes Prada Filho Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – São Paulo (SP), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol15n52.4439

Palavras-chave:

Hiperlipoproteinemia tipo II, Lipoproteínas LDL, Infarto do miocárdio, PCSK9

Resumo

Introdução: As alterações de hipercolesterolemia podem gerar patologias como o infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, nem sempre o aumento do colesterol é ocasionado apenas pela má alimentação e pelo estilo de vida; grupos como o da hipercolesterolemia familiar (HF) têm valores séricos aumentados por alterações genéticas e, nesses casos, as medicações antidislipidemiantes tradicionais não são eficazes. Objetivo: Compilar e discutir os resultados obtidos pela literatura atual que se debruça sobre o anticorpo monoclonal evolocumab para diminuição do PCSK9. Materiais e métodos: Revisão sistemática dos resultados de testes feitos em humanos com idade superior a 19 anos publicados em língua inglesa há menos de cinco anos, utilizando a base de dados PubMed. Resultados:Foram encontrados 135 artigos, dentre os quais nove foram selecionados por critérios de exclusão. Discussão: Os resultados demonstraram que o poder farmacológico do anticorpo evolocumab tem notória valia diante de terapêuticas habituais e placebos para pacientes que não apresentam resposta significativa com as terapias atuais. Conclusão: Por se tratar de um estudo bastante recente, ainda há necessidade de mais pesquisas que demonstrem eventuais reações adversas e interações com outros medicamentos. No entanto, já está em evidência uma grande vantagem para tratamentos futuros por preencher lacunas da farmacologia tradicional.

Downloads

Biografia do Autor

Mario Henrique Quim Ferreira, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil

Acadêmico Medicina (Unoste)

Acadêmico Engenharia Civil (Uniderp)

Rodrigo Metzker Pereira Ribeiro, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasiloeste)

Biomédico graduado pela Universitário Hermínio Ometto de Araras (Uniararas), Graduando do curso de Psicologia (Unoeste), Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), Professor da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste)

Ana Beatriz Antunes Funes, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil

Graduada em Administração de Empresas (Toledo)

Acadêmica Medicina (Unoeste)

Bruna Mohine Oliveira Faustino, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil

Acadêmica Medicina (Unoeste)

Fernanda Cardin Segato, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil

Acadêmica Medicina (Unoeste)

Luana Lozano Cardoso de Mattos, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil

Acadêmica Medicina (Unoeste)

Thais Caroline dos Santos Carvalho, Universidade Oeste Paulista – Presidente Prudente (SP), Brasil

Acadêmica Medicina (Unoeste)

Carlos Funes Prada Filho, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – São Paulo (SP), Brasil

Graduado em Medicina (Unoeste)

Concluiu Residência em Clínica Médica (Hospital Regional Presidente Prudente)

Atualmente Residente em Cardiologia (Instituto Dante Pazanese)

Referências

1. Marte AP, Santos RD. Bases fisiopatológicas da dislipidemia e hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens. 2007;14(4):252-7.

2. Duarte M, Moresco RN, Bem AFD. Metodologia para a determinação da LDL oxidada e sua aplicação como marcador de risco cardiovascular. Rev Bras Anal Clin. 2008;40(2):101-6.

3. Perez M, José D. Complicações cirúrgicas do infarto agudo do miocárdio: uma revisão da literatura. XXVII Jornada Científica Internato; 2016 28-30 Out; Teresópolis, Rio de Janeiro, Brasil. Teresópolis: Unifeso; 2016.

4. Péres DS, Magna JM, Viana LA. Portador de hipertensão arterial: atitudes, crenças, percepções, pensamentos e práticas. Rev Saúde Públ. 2003;37(5):635-42.

5. Lopes HF, Barreto Filho JAS, Riccio GMG. Tratamento não-medicamentoso da hipertensão arterial. Rev Soc Cardiol Estado São Paulo. 2003;13(1):148-55.

6. Molinari GJDP, Moreira PCS, Conterno LO. A influência das estratégias promocionais das indústrias farmacêuticas sobre o receituário médico na Faculdade de Medicina de Marília: uma visão ética. Rev Bras Educ Med. 2005;29(2):110-8.

7. Bortolotto LA. Hipertensão arterial e insuficiência renal crônica. Rev Bras Hipertens. 2008;15(3):152-5.

8. Xavier HT, Izar MC, Faria Neto JR, Assad MH, Rocha VZ, Sposito AC, et al. V Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose. Arq Bras Cardiol. 2013;101(4):1-20.

9. Schulz I. Tratamento das dislipidemias: como e quando indicar a combinação de medicamentos hipolipemiantes. Arq Bras Endocrinol Metab. 2006;50(2):344-59.

10. Girardi JM, Girardi FA, Peters VM. Endotélio vascular e efeitos das estatinas. HU Rev. 2006;32(1):21-5.

11. Adams-Sánchez CD, Tobón-García GJ. Monoclonal antibody therapy in Cardiology and Internal Medicine. Rev Colomb Cardiol. 2016;23(4):293-300.

12. Corral P. De volta ao básico: PCSK9 como um novo alvo para o receptor LDL. Arq Bras Cardiol. 2014;102(1):5-8.

13. Torrinha JMDQ, Fleming L. Inibidores PCSK9 [tese]. Porto: Universidade Fernando Pessoa; 2015.

14. Hopkins PN, Defesche J, Fouchier SW, Bruckert E, Luc G, Cariou B, et al. Characterization of autosomal dominant

hypercholesterolemia caused by PCSK9 gain of function mutations and its specific treatment with alirocumab, a PCSK9 monoclonal

antibody. Circ Cardiovasc Genet. 2015;8(6):823-31.

15. Pereira AC, Gagliardi ACM, Lottenberg AM, Chacra APM, Faludi AA, Sposito AC, et al. I Diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar (HF). Arq Bras Cardiol. 2012;99(2):1-28.

16. Pereira C, Miname M, Makdisse M, Filho RK, Santos RD. Associação das doenças arterial periférica e cardiovascular na hipercolesterolemia familiar. Arq Bras Cardiol. 2014;103(2):118-23.

17. Horton JD, Cohen JC, Hobbs HH. PCSK9: a convertase that coordinates LDL catabolism. J Lipid Res. 2009;50(Suppl):S172-7.

18. Le Bras M, Roquilly A, Deckert V, Langhi C, Feuillet F, Sébille V, et al. Plasma PCSK9 is a late biomarker of severity in patients with severe trauma injury. Int J Clin Endocrinol Metab. 2013;98(4):732-6.

19. Souza GP, Pereira JAS, Judice WAS. Caracterização de inibidores sobre a atividade da pró-proteína convertase furina. Biochem Biotechnol Res. 2013;2(3):309-12.

20. Forti N, Salazar LA, Diament J, Giannini SD, Hirata MH, Hirata RD. Alterações genéticas e colesterolemia: recentes estudos brasileiros. Arq Bras Cardiol. 2003;80(5):565-71.

21. Botham KM, Mayes PA. Síntese, transporte e excreção do colesterol. In: Murray RK, Granner DK, Mayes PA, Rodwell VW. Harper: bioquímica. São Paulo: Atheneu; 2016. p. 266.

22. Beisiegel U, Weber W, Ihrke G, Herz, J, Stanley KK. The LDL-receptor-related protein, LRP, is an apolipoprotein E-binding protein. Nature. 1989;341(6238):162-4.

23. Maxwell KN, Fisher EA, Breslow JL. Overexpression of PCSK9 accelerates the degradation of the LDLR in a post-endoplasmic reticulum compartment. Proc Natl Acad Sci USA. 2005;102(6):2069-74.

24. Siqueira AF, Abdalla DS, Ferreira SR. LDL: from metabolic syndrome to instability of the atherosclerotic plaque. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2006;50(2):334-43.

25. Stryer L. Biosynthesis of membrane lipids and steroids. In: Berg JM, Timoczkp JL, Stryer L. Biochemistry. New York: Macmillan; 1996. p. 697-8.

26. Genta MLND. Farmacocinética e captação tecidual do paclitaxel associado à nanoemulsão (LDE) em pacientes com neoplasias malignas do trato genital feminino [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2006.

27. Elguindy A, Yacoub MH. The discovery of PCSK9 inhibitors: A tale of creativity and multifaceted translational research.

Glob Cardiol Sci Pract. 2013;39(4):343-7.

28. Catapano AL, Papadopoulos N. The safety of therapeutic monoclonal antibodies: implications for cardiovascular disease and targeting the PCSK9 pathway. Atherosclerosis. 2013;228(1):18-28.

29. Cohen JC, Boerwinkle E, Mosley Jr TH, Hobbs HH. Sequence variations in PCSK9, low LDL, and protection against coronary heart disease. N Engl J Med. 2006;354(12):1264-72.

30. Giugliano RP, Desai NR, Kohli P, Rogers WJ, Somaratne R, Huang F, et al. Efficacy, safety, and tolerability of a monoclonal antibody to proprotein convertase subtilisin/kexin type 9 in combination with a statin in patients with hypercholesterolaemia (LAPLACE-TIMI 57): a randomised, placebo-controlled, dose-ranging, phase 2 study. Lancet. 2012;380(9858):2007-17.

31. Kohli P, Desai NR, Giugliano RP, Kim JB, Somaratne R, Huang F, et al. Design and rationale of the LAPLACETIMI 57 trial: a phase II, double-blind, placebo-controlled study of the efficacy and tolerability of a monoclonal antibody inhibitor of PCSK9 in subjects with hypercholesterolemia on background statin therapy. Clin Cardiol. 2012;35(7):385-91.

32. Cho L, Rocco M, Colquhoun D, Sullivan D, Rosenson RS, Dent R, et al. Design and rationale of the GAUSS-2 study trial: a double-blind, ezetimibe-controlled phase 3 study of the efficacy and tolerability of evolocumab (AMG 145) in subjects with hypercholesterolemia who are intolerant of statin therapy. Clin Cardiol. 2014;37(3):131-9.

33. Hirayama A, Honarpour N, Yoshida M, Yamashita S, Huang F, Wasserman SM, et al. Effects of evolocumab (AMG 145), a monoclonal antibody to PCSK9, in hypercholesterolemic, statin-treated Japanese patients at high cardiovascular risk. Circ J. 2014;78(5):1073-82.

34. Koren MJ, Lundqvist P, Bolognese M, Neutel JM, Monsalvo ML, Yang J, Bays H. Anti-PCSK9 monotherapy for hypercholesterolemia:

the MENDEL-2 randomized, controlled phase III clinical trial of evolocumab. J Am Coll Cardiol. 2014;63(23):2531-40.

35. Stein EA, Giugliano RP, Koren MJ, Raal FJ, Roth EM, Weiss R, et al. Efficacy and safety of evolocumab (AMG 145), a fully human monoclonal antibody to PCSK9, in hyperlipidaemic patients on various background lipid therapies: pooled analysis of 1359 patients in four phase 2 trials. Eur Heart J Qual Care Clin Outcomes. 2014;35(33):2249-59.

36. Stroes E, Colquhoun D, Sullivan D, Civeira F, Rosenson RS , Watts GF, et al. Anti-PCSK9 antibody effectively lowers cholesterol in patients with statin intolerance: the GAUSS- 2 randomized, placebo-controlled phase 3 clinical trial of evolocumab. J Am Coll Cardiol. 2014;63(23):2541-8.

37. Sabatine MS, Giugliano RP, Wiviott SD, Raal FJ, Blom DJ, Robinson J, et al. Efficacy and safety of evolocumab in reducing lipids and cardiovascular events. N Engl J Med. 2015;372(16):1500-9.

38. Kiyosue A, Honarpour N, Kurtz C, Xue A, Wasserman SM, Hirayama A. A phase 3 study of evolocumab (AMG 145) in statin-treated Japanese patients at high cardiovascular risk. J Am Coll Cardiol. 2016;117(1):40-7.

Downloads

Publicado

2017-08-17

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.