O ADOECIMENTO DE ADULTOS POR CÂNCER E A REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Autores

  • Caroline Vieira Mathias Universidade Federal de Santa Maria
  • Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini Departamento de Enfermagem/Universidade Federal de Santa Maria
  • Claudelí Mistura Universidade Federal de Santa Maria
  • Caren da Silva Jacobi Universidade Federal de Santa Maria.
  • Bruna Stamm Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol13n45.2818

Palavras-chave:

Família, Relações familiares, Neoplasias, Enfermagem.

Resumo

Introdução: O câncer acarreta alterações na vida dos pacientes e de seus familiares e há influência significativa da família sobre a saúde, o bem estar de cada um de seus membros e as enfermidades que os atingem. Objetivo: Identificar na literatura, as produções científicas sobre a repercussão na família quando um de seus membros adulto adoece por câncer. Métodos: Estudo de revisão narrativa da literatura, realizado em junho de 2012, nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; Base de Dados de Enfermagem; e Medical Literature Analysis and Retrieval System, a partir dos descritores “Família” or “Relações Familiares” and “Neoplasias”. O corpus do estudo constituiu-se de 16 artigos. Resultados: A repercussão na família, de ter um de seus membros adultos com câncer, inicia com o diagnóstico da doença, causando sentimentos diversos, o que interfere de forma positiva ou negativa nas relações familiares. Percebeu-se também, que de modo geral, após o diagnóstico de câncer, a união e o relacionamento entre os membros da família tornaram-se mais consolidados, constituindo-se em fonte de apoio, segurança e estabilidade emocional. Conclusão: As repercussões negativas, como os sentimentos advindos da confirmação do diagnóstico, se configuram como possíveis causas para a falta de comunicação entre os membros da família e as repercussões positivas, tais como a consolidação do relacionamento familiar e o apoio destes podem contribuir para a elaboração de estratégias para tentar reorganizar e/ou manter a estrutura familiar.

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Biografia do Autor

Caroline Vieira Mathias, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/RS

Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini, Departamento de Enfermagem/Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Professora Adjunta  do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós  Graduaçãoe em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre e Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP).

Claudelí Mistura, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/RS

Caren da Silva Jacobi, Universidade Federal de Santa Maria.

Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/RS

Bruna Stamm, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/RS

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2009;62(1):32-7.

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Publicado

2015-09-29

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO

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