GESTANTES INFECTADAS PELO HIV-1 ATENDIDAS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E SOCIODEMOGRÁFICAS.

Autores

  • Ana Teresa Mancini Pimenta DGO- FMRP- USP
  • Geraldo Duarte DGO- FMRP - USP
  • José Carlos Couto-Fernandez Fiocruz
  • Isadora Alonso Correa Fiocruz
  • Patricia Pereira dos Santos Melli DGO- FMRP - USP
  • Silvana Maria Quintana DGO- FMRP - USP

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol13n45.2719

Palavras-chave:

Gestantes; HIV-1, cuidado pré-natal, saúde materno-infantil

Resumo

Introdução: É importante identificar características de gestantes infectadas pelo HIV para elaborar ações de melhoria da assistência a essas mulheres. Objetivo: o objetivo do estudo foi caracterizar as gestantes infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) atendidas em ambulatório de moléstias infectocontagiosas em obstetrícia no município de Ribeirão Preto-SP. Materiais e Métodos: foi realizado um estudo do tipo corte transversal no período de 2010 a 2012 utilizando-se dados secundários de prontuários médicos. Resultados: foram incluídas 113 gestantes infectadas pelo HIV com média de idade de 28,9 anos, maioria branca (62,8%), casada ou amasiada (71,7%), a escolaridade de 31,9% delas era entre 9 e 11 anos. Observou-se diagnóstico da infecção pelo HIV durante exames de pré-natal da maioria das mulheres, início tardio do pré-natal e maioria assintomática. A intercorrência mais comum durante a gravidez foi a anemia. Tiveram boa adesão ao uso de terapia antirretroviral 60% das gestantes. Enquanto 58,7% delas apresentou carga viral indetectável próximo à 34ª semana de gestação, 29,8% apresentaram carga viral acima de 1.000 cópias/mL. O parto de 82,5% das mulheres foi realizado com idade gestacional acima de 37 semanas; o tipo de parto de 51% foi cesárea. Conclusões: o início do pré-natal no primeiro trimestre gestacional é importante para a realização de exames médicos para detecção de infecções do trato genital, tratamento dessas infecções e incentivo a adesão aos medicamentos prescritos.

Downloads

Referências

1. Barbosa Junior A, Szwarcwald CL, Pascom ARP, Souza Júnior PB. Tendências da epidemia de AIDS entre subgrupos sob maior risco no Brasil, 1980-2004. Cad Saúde Pública. 2009;25(4):727-37.

2. Brito AM, Castilho EA, Szwarcwald CL. AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Rev Soc Bras Med Trop. 2000;34(2):207-17.

3. Parker R, Camargo Jr KR. Pobreza e HIV/AIDS: aspectos antropológicos e sociológicos. Cad Saúde Pública 2000;16(sup. 1):S89-S102.

4. Fonseca MGP, Bastos FI. Twenty-five years of the AIDS epidemic in Brazil: principal epidemiological findings, 1980-2005. Cad Saúde Pública. 2007;23(suppl. 3):S333-S343. 5. Departamento de Informática do SUS. Epidemiológicas e morbidade. Brasília: 2012

6. Szwarcwald CL, Barbosa Júnior A, Souza-Júnior PRB, Lemos KRV, Frias PG, Luhm KR, et al. HIV testing during pregnancy: use of secondary data to estimate 2006 test coverage and prevalence in Brazil. Braz J Infect Dis. 2008;12(3):167-72.

7. Brasil. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico Aids e DST. Ano IX nº 01. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2011/50652/boletim_aids_2011_final_m_pdf_26659.pdf>. [acesso em 10 jul. 2015].

8. Eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis no Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública. 2011;45(4):812-5.

9. Becquet R, Ekouevi DK, Arrive E, Stringer JSA, Meda N, Chaix ML, et al. Universal antiretroviral therapy for pregnant and breastfeeding HIV-1-infected women: towards the elimination of mother-to-child transmission of HIV-1 in resource limited settings. CID 2009;49:1936-45.

10. World Health Organization. Antiretroviral drugs for treating pregnant women and preventing HIV infection in infants: towards universal access: recommendations for a public health approach [Internet]. Geneva: World Health Organization;2010 [citado em 21 fev. 2012]. Disponível em: <http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599818_eng.pdf>. [acesso em 10 jul.2015].

11. Ehrnst A, Lindgren S, Dictor M, Johansson B, Sönnerborg A, Czajkowski J, et al. HIV in pregnant women and their offspring: evidence for late transmission. Lancet. 1991;338(8761): 203-7.

12. Kourtis AP, Bulterys M. Mother-to-child transmission of HIV: pathogenesis, mechanism and pathways. Clin Perinatol. 2010;37:721-37.

13. Brasil. Ministério da Saúde. Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. (Séries Manuais nº 46).

14. Landesman SH, Kalish LA, Burns DN, Minkoff H, Fox HE, Zorilla C, et al. Obstetrical factors and the transmission of human immunodeficiency virus type 1 from mother to child. NEJM. 1996;334:1617-23.

15. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

16. Pimenta ATM, Rodrigues-Júnior AL, Ruffino-Netto A. Geoepidemiologia da comorbidade aids/tuberculose no Estado de São Paulo – Brasil – 1996 a 2005. Caminhos de Geografia. 2012;13(41):68-79.

17. Blish CA, McClelland RS, Richardson BA, Jaoko W, Mandaliya K, Baeten JM, et al. Genital inflammation predicts HIV-1 shedding independent of plasma viral load and systemic inflammation. J Acquir Immune Defic Syndr. 2012;61(4):436-40.

18. Ezechi OC, Kalejaiye OO, Gab-Okafor CV, Oladele DA, Oke B, Ekama SO, et al. The burden of anemia and associated factors in HIV positive Nigerian women. Arch Gynecol Obstet. 2013;287(2):239-44.

19. Sullivan PS, Hanson DL, Chu SY, Jones JL, Ward JW. Epidemiology of anemia in human immunodeficiency virus (HIV)-infected persons: results from the multistate adult and adolescent spectrum of HIV disease surveillance project. Blood. 1998;91(1):301-8.

20. Motti PG, Dallabetta GA, Daniel RW, Canner JK, Chiphangwi JD, Liomba GN et al. Cervical abnormalities, human papillomavirus, and human immunodeficiency virus infections in women in Malawi. J Infect Dis. 1996;173(3):714-7.

21. Fedrizzi EN, Laureano JK, Schlup C, Campos MO, Menezes ME. Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) em mulheres HIV-positivo de Florianópolis, Santa Catarina. DST J Bras Doenças Sex Transm. 2011;23(4):205-9.

22. Lazenby GB. Opportunistic infections in women with HIV AIDS. Clin Obstet Gynecol. 2012;55(4):927-37.

23. Cu-Uvin S, DeLong AK, Ventatesh KK, Hogan JW, Ingersoll J, Kurpewiski J, et al. Genital tract HIV-1 RNA shedding among women with below detectable plasma viral load. AIDS. 2010;24(16):2489-97.

24. Herrera E. Lipid metabolism in pregnancy and its consequence in the fetus and newborn. Endocrine. 2002;19(1):43-55.

25. El Beitune P, Duarte G, Santos JE, Quintana SM, FigueiróFilho EA, Marcolin AC. O uso de anti-retrovirais em gestantes modifica o perfil lipídico? RBGO. 2003;25(8):593-8.

26. Duarte G, Marcolin AC, Quintana SM, Cavalli RC. Infecção urinária na gravidez. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(2):93-100.

27. Mussi-Pinhata MM, Quintana SM. Screening for infectious diseases during pregnancy: which test and which situation.

Curr Womens Health Rev. 2012;8:158-71.

Downloads

Publicado

2015-09-29

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.