ALIMENTOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE HUMANA: QUAL A ABRANGÊNCIA?
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol13n44.2584Palavras-chave:
Prebióticos, probióticos, fibras na dieta, prevenção de doençasResumo
Introdução: Prebióticos e probióticos têm tido grande utilidade no campo da nutrição e dietética emvirtude de suas propriedades abrangentes, que subsidiam uma melhor qualidade de vida. Contudo,suas funcionalidades não estão totalmente elucidadas, motivando diversas pesquisas acerca do tema.Objetivos: Mostrar de que forma o emprego de alimentos prebióticos e probióticos pode melhorarvariadas funções fisiológicas humanas. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, cujoscritérios de inclusão documental consistiram em livros, periódicos, monografias, dissertações e tesesnas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, publicados entre os anos 2000 e 2013, utilizando-se osseguintes descritores: “alimentos funcionais”, “prebióticos”, “probióticos”, “fibras” e “bactérias intestinais”.Resultados: Foram encontradas na literatura evidências científicas claras dos benefícios do uso deprebióticos para a manutenção do equilíbrio intestinal, bem como seu uso profilático e/ou terapêuticoem diversas patologias, tais como constipação intestinal, obesidade, diabetes mellitus, dislipidemias, coliteulcerativa, síndrome do intestino curto, câncer, além da melhora na absorção de minerais como o cálcio.Acerca do uso de probióticos, as evidências sugeriram benefícios também na manutenção do equilíbriointestinal e atividade anti-inflamatória, assim como seu uso profilático e/ou terapêutico em diversaspatologias, tais como dislipidemias, doenças bucais, diarréia, erradicação do Helicobacter pylori, síndromedo intestino irritável, enterocolite necrosante, bolsite, cirrose, encefalopatia hepática, síndrome da fadigacrônica e câncer. Conclusões: A introdução desses alimentos em quantidades adequadas deve fazer partedo cotidiano das pessoas que prezam pela qualidade de vida.
Downloads
Referências
1. Moura MRL. Alimentos Funcionais: seus benefícios e a legislação. [Internet]. Disponível em: http://acd.ufrj.br/consumo/leituras/ld.htm#leiturasKwak N, Jukes DJ. Functional foods. Part 1: the development of a regulatory
concept. Food Control. 2001;12:99-107.
2. Araújo EA. Desenvolvimento e caracterização de queijo tipo cottage adicionado de Lactobacillus Delbrueckii UFV H2b20 e de inulina [dissertação]. Viçosa (MG): Universidade Federal de Viçosa; 2007.Badaró ACL, Guttierres APM, Rezende ACV, Stringheta PC. Alimentos
probióticos: aplicações como promotores da saúde humana – parte 1. Nutrir Gerais. 2008; 2(3):1-29.
3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Brasília;1999.
4. Sanders ME. Probiotics: considerations for human health. Nutr ver. 2003;61(3):91-9.
5. Anjo DLC. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. J Vasc Br. 2004;3(2):145-154.
6. Peixoto LL, Silva RPPE. Os efeitos dos probióticos e prebióticos na promoção de um organismo saudável [monografia]. Teófilo Otoni (MG): Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Teófilo Otoni; 2008.Fuller R. Probiotics in man and animals. J Appl Bacteriol. 1989;66:365-378.
7. Holzapfel WH. Taxonomy and important features of probiotic microorganisms in food and nutrition. Am J Clin. 2001;73(2):365-373.
8. Gibson GR, Roberfroid MB. Dietary modulation of the human colonic microbiota. Introducing the concept of prebiotics. J Nutr. 1995;125(6):1401-1412.
9. Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev Bras Cienc Farm. 2006a;42:1-16.
10. Holzapfel WH, Schillinger U. Introduction to pre and probiotics. Food Res Int. 2002;35 (2/3):109-116.
11. Ziemer CJ, Gibson GR. An overview of probiotics, prebiotics and synbiotics in the functional food concept: perspectives and future strategies. Int Dairy J. 1998;8:473-9.
12. Matsubara S. Alimentos funcionais: uma tendência que abre perspectivas aos laticínios. Rev Laticínios. 2001;34:10-8.
13. Salgado J. Iogurtes e leites fermentados: uma alternativa no tratamento das desordens intestinais. [Internet]. 2008. Disponível em: http://www1.uol.com.br/vyaestelar/vida_saudavel_iogurte.htmDamião AOMC. Prebióticos, probióticos e simbióticos: aplicações clínicas. CERES. 2006;1:18-24.
14. Bringel A. Bactérias a serviço da saúde. Super Saudável. 2007;7(36):14-15.
15. Millani E, Konstantyner T, Taddei JAA. C. Efeitos da utilização de prebióticos (oligossacarídeos) na saúde da criança. Rev Paul Pediatr. 2009;27(4):436-446.
16. Hond ED, Geypens B, Ghoos Y. Effect of high performance chicory inulin on constipation. Nutr Res. 2000;20:731–736.
17. Zafar T.A, Weaver CM, Zhao Y, Martin BR, Wastney ME. Non-digestible oligosaccharides increase calcium absorption and suppress bone resorption in ovariectomized rats. J Nutr. 2004;134:399–402.
18. Cani PD, Delzenne NM. The gut microbiome as therapeutic target. Pharmacol & Ther. 2011;130:202-212.
19. Sanz Y, Santacruz A, Gauffin P. Probiotics in the defence and metabolic balance of theorganism: gut microbiota in obesity and metabolic disorders. P Nutr Soc. 2010;69:434-441.
20. Brady PL, Gallaher D, Busta F. The role of probiotic culture in the prevention of colon cancer. J Nutr 2000;130:410-5.
21. Fortes RC. Os frutooligossacarídeos, a inulina e suas implicações na indústria de alimentos. Nutr Bras. 2005;4:52-61.
22. Fortes RC. Alimentos prebióticos: efeitos bifidogênicos dos frutooligossacarídeos e da inulina no organismo humano. SBRAFH. 2006;2(9):16-23.
23. Silva ASS, Hass P, Sartori NT, Anton AA, Francisco A. Frutooligossacarídeos: fibras alimentares ativas. B do Ceppa. 2007;25(2):295-304.
24. McFarlane S. Microbial biofilm communities in the gastrointestinal tract. J Clin Gastroenterol. 2008;42:142-3.
25. D’Elboux Y. Estudo demonstra ação de simbióticos na SIC. Super Saudável. 2005;25:16-9.
26. Búrigo T, Fagundes RLM, Trindade EBSM, Vasconcelos HCFF. Efeito bifidogênico do frutooligossacarídeo na microbiota intestinal de pacientes com neoplasia hematológica. Rev Nutr. 2007;20(5):491-7.
27. Brouns F, Vermeer C. Functional food ingredients for reducing the risks of osteoporosis. Trends Food Sci Technol. 2000;11:22-33.
28. Griffin IJ, Davila PM, Abrams AS. Non-digestible oligosaccharides and calcium absorption in girls with adequate calcium intakes. Br J Nutr. 2002;87(2):187-191.
29. Malaguarnera M, Greco F, Barone G, Gargante MP, Toscano MA. Bifidobacterium longum with fructo-oligosaccharide (FOS) treatment in minimal hepatic encephalopathy: a randomized, double-blind, placebo-controlled study. Dig Dis Sci. 2007;52:3259-3265.
30. Diniz RO, Perazzo FF, Carvalho JCT, Schneenedorf JM. Atividade antiinflamatória de quefir, um probiótico da medicina popular. Rev Bras Farmacogn. 2003;13:19-21.
31. Liong MT, Shah NP. Acid and bile tolerance and cholesterol removal ability of Lactobacilli strains. J Dairy Sci. 2005;88:55-66.
32. Kang MS, Kim BG, Chung J, Lee HC, Oh JS. Inhibitory effect of Weissella cibaria isolates on the production of volatile sulphur compounds. J Clin Periodontol. 2006;33:226-232.
33. Marteau PR, Seksik P. Place des probiotiques dans la prevention et le traitement des diarrhees post-antibiotiques. Rev Fr Lab. 2004;368:73-76.
34. Surawicz CM, McFarland LV, Greenberg RN, Rubin M, Fekety R, Mulligan ME, Garcia RJ, Brandmarker S, Bowen 0K, Borjal D, Elmer GW. The search for a better treatment for recurrent Clostridium difficile disease: use of high-dose vancomycin combined with Saccharomyces boulardii. Clin Infect Dis. 2010;31:1012-1017.
35. Zhao HY, Wang HJ, Lu Z, Xu S. Z. Intestinal microflora in patients with liver cirrhosis. Chin J Dig Dis. 2004;5:64-67.
36. Lirussi F, Mastropasqua E, Orando S, Orlando R. Probiotics for non-alcoholic fatty liver disease and/or steatohepatitis.
Cochrane Database Syst Rev. 2007;1(5165):1-14.
37. Liu Q, Duan ZP, Ha DK, Bengmark S, Kurtovic J, Riordan S.M. Synbiotic modulation of gut flora: effect on minimal hepatic encephalopathy in patients with cirrhosis. Hepatology. 2004;39:1441-1449.
38. Obregón MCL, Cruchet SM, Diaz EB, Salazar GR, Gotteland MR. El consumo regular de Lactobacillus johnsonii La1 interfiere con la colonización gástrica por Helicobacter pylori. Rev Chil Nutr. 2003;30(3):243-249.
39. Quigley EMM, Flourie B. Probiotics and irritable bowel syndrome: a rationale for their use and an assessment of the evidence to date. Neurogastroenterol Motil. 2007;19:166-172.
40. Fedorak RN; Madsen KL. Probiotics and prebiotics in gastrointestinal disorders. Current Opinion Gastroenterol. 2004;20:146-155.
41. Gionchetti P, Rizzello F, Helwig U. Prophylaxis of pouchitis onset with probiotic therapy: a double-blind, placebo-controlled trial. Gastroenterol. 2003;124(5)1202-9.
42. Sullivan A, Nord CE, Evengard B. Effect of supplement with lactic-acid producing bacteria on fatigue and physical activity in patients with chronic fatigue syndrome. Nutr J. 2009;8:4-8.
43. Lara-Villoslada F, Sierra S, Boza J, Xaus J, Olivares YM. Efectos beneficiosos en niños sanos del consumo de un producto lácteo que contiene dos cepas probióticas. Lactobacillus coryniformis CECT5711 y Lactobacillus gasseri CECT5714. Nutr Hosp. 2007;22(4):496-502.
44. Passos LML, Park YK. Frutooligossacarídeos: implicações na saúde humana e utilização em alimentos. Ciência Rural. 2003;33(2):385-390.
45. Chinda D, Nakaji S. The fermentation of different dietery fibers is associated with fecal clostridia levels in men. J Nutr. 2004;134:1881-1886.
46. Kaur N, Gupta AK. Applications of inulin and oligofructose in health and nutrition. Biosci J. 2002;27:703-714.
47. Saad SMI. Alimentos Funcionais: probióticos e prebióticos. In: Tirapegui J. Nutrição: fundamentos e aspectos atuais. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2006b. Lobo AR. Efeito dos frutanos (frutooligossacarídeos) na biodisponibilidade de cálcio e magnésio em ratos. dissertação] São Paulo (SP): Faculdade de Ciências Farmacêuticas;2004.Begley M, Hill C, Gahan CGM. Bile salt hydrolase activity in probiotics. Appl Environ Microbiol. 2006;72(3):1729-1738.
48. Burton JP, Chilcott CN, Moore CJ, Tagg JR. Effect of probiotic Streptococcus salivarius K1 2 on oral malodour parameters. Oral Dis. 2005;11:29-31.
49. Petti S, Tarsitani G, D’Arca AS. A randomized clinical trialof the effect of yoghurt on the human salivary microflora.
Arch Oral Biol. 2001;46(8):705-712.
50. Tong JL, Ran ZH, Shen J, Zhang CX, Xiao S. D. Metaanalysis: the effect of supplementation with probiotics on eradication rates and adverse events during Helicobacter pylori eradication therapy. Aliment Pharmacol Ther.2007;25:155-168.
51. Bringel A. Probióticos ajudam a melhorar fadiga crônica. Super Saudável. 2010;1:12-5.
52. Heburtene X. Gut changes attributed to ageing: effects on intestinal microflora. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2003;6:49-54.
53. Saarela M, Mogensen G, Fonde R, Maltto J, MattilaSandholm T. Probiotic bacteria: safety, functional and technological properties. J Biotechnol. 2000;84:197-215.
54. Roberfroid MB. Simpósio Internacional Orafti sobre os benefícios nutricionais da inulina e oligofructose. Programa e resumos. 2004; p.14-7.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Bruna Yhang da Costa Silva, Tiago Freire Martins

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).