QUALIDADE DE VIDA E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE

Autores

  • Cláudia Rucco Penteado Detregiachi Universidade de Marília - Unimar
  • Karina Rodrigues Quesada Universidade de Marília– Unimar e Universidade Paulista – UNIP – Assis.
  • Ana Augusta Mendes de Oliveira Universidade de Marília - Unimar.
  • Marília Regina dos Santos Valença FUNDAP
  • Eduardo Fuzetto Cazañas Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE.

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol12n40.2218

Palavras-chave:

insuficiência renal crônica, diálise renal, estado nutricional, qualidade de vida

Resumo

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e o estado nutricional dos pacientes cadastrados no programa de hemodiálise da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Marília, bem como verificar a existência de correlação entre estes dois aspectos.

Metodologia: Para a avaliação do estado nutricional foram coletadas as medidas antropométricas peso seco, estatura, dobra cutânea tricipital e circunferência braquial, e calculados o índice de massa corpórea e circunferência muscular do braço. De modo complementar foi analisada a concentração sanguínea da albumina. Para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o questionário genérico SF-36.

Resultados: Participaram do estudo 113 pacientes dentre os quais o valor médio de IMC foi 25±4,9 kg/m2, não diferindo entre os sexos. Com base neste indicador antropométrico, 8% dos pacientes avaliados apresentavam baixo peso, 37% excesso de peso e 55% estavam eutróficos. As porcentagens de adequação da circunferência muscular do braço e da dobra cutânea tricipital apresentaram-se, em média, dentro dos limites de normalidade de 90 a 110%.  A concentração média de albumina plasmática apresentou-se acima do limite mínimo de normalidade para avaliação do estado nutricional. Em relação à qualidade de vida, os aspectos mais comprometidos foram o físico e o estado geral de saúde, com preservação dos aspectos emocional e social. Não houve correlação significativa entre o IMC e os diferentes aspectos da qualidade de vida avaliados.

Conclusões: A realização do diagnóstico nutricional e a avaliação da qualidade de vida podem servir de instrumento às equipes, tanto para prognóstico como para o planejamento das intervenções.

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Biografia do Autor

Cláudia Rucco Penteado Detregiachi, Universidade de Marília - Unimar

Docente da Universidade de Marília - Unimar.

Nutricionista.

Doutora em Educação - Unesp - Marília.

Pós-doutorado - Instituto de Biociências da Unesp - Botucatu

Karina Rodrigues Quesada, Universidade de Marília– Unimar e Universidade Paulista – UNIP – Assis.

Docente da Unimar e da UNIP - Assis.

Nutricionista.

Mestre em Ciências Nutricionais - Unesp - Araraquara.

Ana Augusta Mendes de Oliveira, Universidade de Marília - Unimar.

Aluna do curso de Graduação em Nutrição da Universidade de Marília - UNIMAR. Bolsista PIBIC/CNPq.

Marília Regina dos Santos Valença, FUNDAP

Aprimoranda de Nutrição Clínica do Hospital das Clínicas de Marília-FAMEMA pela FUNDAP.

Eduardo Fuzetto Cazañas, Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE.

Enfermeiro e nutricinista. Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE.

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Publicado

2014-05-23

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