QUALIDADE DE VIDA E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE
DOI:
https://doi.org/10.13037/rbcs.vol12n40.2218Palavras-chave:
insuficiência renal crônica, diálise renal, estado nutricional, qualidade de vidaResumo
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e o estado nutricional dos pacientes cadastrados no programa de hemodiálise da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Marília, bem como verificar a existência de correlação entre estes dois aspectos.
Metodologia: Para a avaliação do estado nutricional foram coletadas as medidas antropométricas peso seco, estatura, dobra cutânea tricipital e circunferência braquial, e calculados o índice de massa corpórea e circunferência muscular do braço. De modo complementar foi analisada a concentração sanguínea da albumina. Para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o questionário genérico SF-36.
Resultados: Participaram do estudo 113 pacientes dentre os quais o valor médio de IMC foi 25±4,9 kg/m2, não diferindo entre os sexos. Com base neste indicador antropométrico, 8% dos pacientes avaliados apresentavam baixo peso, 37% excesso de peso e 55% estavam eutróficos. As porcentagens de adequação da circunferência muscular do braço e da dobra cutânea tricipital apresentaram-se, em média, dentro dos limites de normalidade de 90 a 110%. A concentração média de albumina plasmática apresentou-se acima do limite mínimo de normalidade para avaliação do estado nutricional. Em relação à qualidade de vida, os aspectos mais comprometidos foram o físico e o estado geral de saúde, com preservação dos aspectos emocional e social. Não houve correlação significativa entre o IMC e os diferentes aspectos da qualidade de vida avaliados.
Conclusões: A realização do diagnóstico nutricional e a avaliação da qualidade de vida podem servir de instrumento às equipes, tanto para prognóstico como para o planejamento das intervenções.
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