AVALIAÇÃO DO USO DA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM UM MUNÍCIPIO DE MINAS GERAIS

Autores

  • Mariza Faria Universidade do Vale do Sapucaí - Univas
  • Talita Almeida Nogueira Universidade do Vale do Sapucaí - Univás

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol11n38.1944

Palavras-chave:

crescimento e desenvolvimento, cuidado da criança, promoção da saúde

Resumo

Objetivo: o objetivo do presente estudo foi avaliar o preenchimento da CSC pelos profissionais de saúde e responsáveis, verificando se há um acompanhamento do crescimento da criança, assim como possíveis associações com variáveis maternas e das crianças. Materiais e métodos: participaram da pesquisa 150 mães de crianças menores de dois anos do município de Pouso Alegre-MG. Os dados foram coletados por meio de entrevista e verificação direta da caderneta, durante as consultas com pediatra e nas campanhas de vacinação. Para análise estatística foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher. Resultados: das mães entrevistadas 96,7% relataram facilidade na aquisição da CSC, 62,7% receberam orientações de como utilizar a CSC e 26% declararam fazer anotações no cartão. Quanto ao preenchimento da CSC, os campos relativos à identificação da criança foram itens com maior percentual de preenchimento. Verificou-se também que 83,3% dos cartões tinham registro da idade da criança . O peso e comprimento ao nascer estavam registrados corretamente em 90 % e 68,7 % dos cartões, respectivamente. Percentuais menores foram observados no preenchimento do perímetro cefálico da criança (56%) e Índice de Apgar (66%). No que se refere às curvas de crescimento, apenas 31,3% e 11,3% das crianças tiveram suas medidas registradas nos gráficos de peso/idade e altura/idade, respectivamente. Observou-se maior probabilidade para o seu preenchimento entre mães com idade ? 25 anos, com maior escolaridade e entre aquelas que receberam informações sobre a utilização da CSC. Conclusão: na população estudada, a CSC não estava sendo utilizada plenamente, pelos profissionais de saúde e pelos pais/responsáveis.

 

Downloads

Biografia do Autor

Mariza Faria, Universidade do Vale do Sapucaí - Univas

Graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (2003), especialização em Nutrição Humana e Saúde pela Universidade Federal de Lavras (2004), mestrado em Alimentos e Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Atualmente é doutoranda do curso de Clinica Médica pela Unicamp.Atua como docente da Universidade do Vale do Sapucaí, Grupo Ibmec Educacional e do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Atua principalmente nos seguintes temas: gastroparesia diabética, diabetes mellitus tipo I, síndrome do intestino irritável, alterações da motilidade gastrintestinal, peptídeos com atividade anti-hipertensiva, nutrição experimental, nutrição materno-infantil, higiene e controle dos alimentos.

Talita Almeida Nogueira, Universidade do Vale do Sapucaí - Univás

Nutricionista formada pela Universidade do Vale do Sapucaí - Univás.

Referências

1. Devincenzi MU, Mattar MJG, Cintra EM. Nutrição no primeiro ano de vida. In: Silva SM CS, Mura JAP. Tratado de Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007. p.293-316.

2. Weffort VRS, Lopes LA. Avaliação antropométrica e nutricional. In: Weffort VRS, Lamounier JA. Nutrição em pediatria. Barueri: Manole, 2009. p.83-106.

3. Brasil ALD, Devincenzi UM, Ribeiro LC. Nutrição infantil. In: Silva SMCS, MURA JAP. Tratado de Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007. p.293-316.

4. Vieira GO, Vieira TO, Costa MCO, Santana Netto PV, Cabral VA. Uso do cartão da criança em Feira de Santana, Bahia, 2001. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2005; 5(2):177-84.

5. Alves CRL, Lasmar LMLBF, Goulart LMHF, Alvim CG, Maciel VR, Viana MRA, Colosimo EA, Do Carmo GAA, Da Costa JGD, Magalhães MEN, De Mendonça ML, Beirão MMV, Moulin ZS. Qualidade do preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança e fatores associados. Cad Saúde Pública. 2009 mar; 25(3):583-95.

6. Lacerda EMA, Accioly E. Consulta de nutrição pediatria. In: Lacerda EMA, Saunders C, Accioly E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009. p.241-2.

7. Ministério da Saúde (BR) Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual para utilização da caderneta de saúde da criança.Brasília: Ministério da Saúde; 2005.

8. Carvalho MF, Santos IS, Veras AACA, Filho MB. Acompanhamento do crescimento em crianças menores de um ano: situação nos serviços de saúde em Pernambuco, Brasil. Cad Saúde Pública. 2008 mar; 24(3):675-85.

9. Santos SR, Cunha AJLA, Gamba CM, Machado FG, Leal Filho JMM, Moreira NLM. Avaliação da assistência à saúde da mulher e da criança em localidade urbana da região Sudeste do Brasil. Rev Saúde Pública. 2000 jun; 34(3):266-71.

10. Saparolii ECL, Adami NP. Avaliação da qualidade da consulta de enfermagem à criança no Programa de Saúde da Família. Acta Paul Enferm. 2007 mar; 20(1):55-61.

11. Linhares AO, Gigante DP, Bender E, Cesar JA. Avaliação dos registros e opinião das mães sobre a caderneta de saúde da criança em unidades básicas de saúde, Pelotas, RS. Rev AMRIGS. 2012 jul-set; 56(3):245-50.

12. Romani SAM, Lira PIC. Fatores determinantes do crescimento infantil. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2004 mar; 4(1):15-23.

Downloads

Publicado

2014-01-24

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.