ATENDIMENTO EM FONOAUDIOLOGIA: ESTUDO DE UMA CLÍNICA-ESCOLA NA CIDADE DE CURITIBA, PARANÁ

Autores

  • Gisele de Souza Girardeli Universidade Tuiuti do paraná
  • Ana Cristina Guarinello Universidade Tuiuti do Parana
  • Ana Paula Berberian Universidade Tuiuti do Paraná
  • Giselle Massi Universidade Tuiuti do paraná
  • Jair Mendes Marques Universidade Tuiuti do paraná

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol10n34.1750

Palavras-chave:

Fonoaudiologia, Epidemiologia, Saúde Pública, Diagnóstico, Assistência ao paciente

Resumo

Introdução: As clínicas-escola são, de forma geral, unidades de apoio ao ensino e às atividades de extensão do curso de Fonoaudiologia, sendo que os serviços oferecidos nessas clínicas se vinculam ao atendimento da saúde pública da população. Objetivos: verificar a demanda da clínica-escola de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) de 2008 a 2011. Materiais e Métodos: o estudo foi realizado a partir da coleta e análise dos dados encontrados nos prontuários, obtendo as seguintes variáveis: ano de atendimento, sexo, faixa etária (no ingresso do serviço), encaminhamentos (quem encaminhou), procedência, acompanhantes, ocorrência (queixa referente à entrevista inicial), diagnósticos, desligamento e tempo de permanência de tratamento. Resultados: foram observados 208 prontuários, sendo 111 (53,36%) indivíduos do gênero masculino e 97 (46,63%) do gênero feminino. A idade média encontrada foi 21,11 anos. 164 (78,84%) pacientes são da capital. 152 (73%) pacientes vem para a clínica acompanhados. Verificou-se que 104 (48,8%) pacientes foram encaminhados por Profissionais da Saúde. As queixas mais incidentes são 135 (48,7%) alterações na linguagem oral, seguido por 48 (17,3%) problemas auditivos. Quanto ao parecer fonoaudiológico 107 (35,5%) prontuários apresentaram dificuldades na linguagem oral, seguida por 60 (19,9%) que apresentaram surdez. Conclusões: O alto índice de pacientes com parecer fonoaudiológico nas áreas da linguagem oral e surdez, evidencia a necessidade de serem direcionadas ações de prevenção e promoção da saúde voltadas à aspectos vinculados à oralidade e à surdez.

Downloads

Biografia do Autor

Gisele de Souza Girardeli, Universidade Tuiuti do paraná

Fonoaudióloga, graduada pela Universidade Tuiuti do paraná

Ana Cristina Guarinello, Universidade Tuiuti do Parana

Fonoaudióloga. Doutora em Linguística pela UFPR, docente do curso de Graduação em Fonoaudiologia e do Programa de Mestrado e Doutorado em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná.

Ana Paula Berberian, Universidade Tuiuti do Paraná

Fonoaudióloga. Pós doutora pelo Programa de Letras da UFPR, Doutora em História pela PUC/ São Paulo, docente do curso de Graduação em Fonoaudiologia e do Programa de Mestrado e Doutorado em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná.

Giselle Massi, Universidade Tuiuti do paraná

Fonoaudióloga. Doutora em Linguística pela UFPR, docente do curso de Graduação em Fonoaudiologia e do Programa de Mestrado e Doutorado em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná.

Jair Mendes Marques, Universidade Tuiuti do paraná

Estatístico, doutor em Ciências Geodésicas, docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná.

Referências

(1) Campos LFL. Supervisão clínica: um instrumento

de avaliação do desempenho clínico.

Campinas. Dissertação [Mestrado em Psicologia

Clínica] – Pontifícia Universidade Católica de

Campinas; 1989.

(2) Herzberg E. Reflexões sobre o processo de

triagem de clientes a serem atendidos em

clínicas-psicológica-escola. In: Carvalho

RMLL. Repensando a formação do psicólogo:

da informação à descoberta. Campinas: Alínea;

1996. p. 147-54 (Coletâneas da Anpepp, v. 1,

n. 9).

(3) Ribas A, Berberian AP. O perfil do fonoaudiólogo

na região sul do Brasil. 1. ed. Curitiba:

Maio; 2000.

(4) Conselho Regional de Fonoaudiologia – 2ª

região. Atuação fonoaudiológica nas políticas

publicas: subsídios para construção, acompanhamento

e participação dos fonoaudiólogos.

São Paulo: Yendis; 2004.

(5) Lam C. 8 profissões subestimadas no Brasil:

conheça quais são as carreiras com possibilidade

de expansão no Brasil, mas que ainda

não são tão populares. Revista Exame, São

Paulo, 01 nov 2011. Disponível em:

exame.abril.com.br/carreira/noticias/asprofissoes-

subestimadas-no-brasil?p=1#link>.

(6) Lima BPS, Guimarães JATL, Rocha MCG.

Características epidemiológicas das alterações

de linguagem em um centro fonoaudiológico do

primeiro setor. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2008;

13(4):376-80.

(7) Costa RG, Souza LBRS. Perfil dos usuários

e da demanda pelo serviço da clínica-escola

de fonoaudiologia da UFBA. Rev Ci Méd Biol.

2009 jan/abr; 8(1):53-9.

(8) Befi D. A inserção da fonoaudiologia na

atenção primária à saúde. In: Befi D, organizadora.

Fonoaudiologia na atenção primária à

saúde. São Paulo: Lovise; 1997. p. 15-35.

(9) Pimentel MCR, Guimarães JATL, Flores NGC.

Perfil epidemiológico de uma unidade pública

de referência no tratamento em Fonoaudiologia.

J Bras Fonoaud. 2006; 6(24):43-50.

(10) Freire RM. Fonoaudiologia em saúde

pública. Rev Saúde Pública. 1992 jun; 26(3):

179-84.

(11) Gonçalves CGO, Lacerda CBF, Perotino S,

Mugnaine AMM. Demanda pelos serviços de

Fonoaudiologia no Município de Piracicaba:

estudo comparativo entre a clínica-escola e o

atendimento na prefeitura municipal. Rev Pró-

Fono. 2000 set; 12(2):61-6.

(12) Diniz RD, Bordin R. Demanda em fonoaudiologia

em um serviço público municipal da

região Sul do Brasil. Rev Soc Bras Fonoaud.

2011 abr/jun; 16(2):126-31.

(13) Hage SRV, Faiad LNV. Perfil de pacientes

com alteração de linguagem atendidos na clínica

de diagnóstico dos distúrbios da comunicação

– Universidade de São Paulo – Campus Bauru.

Rev Cefac. 2005 out/dez; 7(4):433-40.

(14) César AM, Maksud SS. Caracterização da

demanda de fonoaudiologia no serviço público

municipal de Ribeirão das Neves – MG. Rev

Cefac. 2007 jan/mar; 9(1):133-8.

(15) Barros PML, Oliveira PN. Perfil dos pacientes

atendidos no setor de fonoaudiologia de um

serviço público em Recife – PE. Rev Cefac. 2010

jan/fev; 12(1):128-33.

(16) Reyes NMN, Lopes TC. Levantamento do

perfil do paciente do ambulatório de fonoaudiologia

pediátrica do hospital de clínicas da

Unicamp. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 1997 dez;

1(2):30-1.

(17) Mandrá PP, Diniz MV. Caracterização do

perfil diagnóstico e fluxo de um ambulatório

hospitalar na área de linguagem infantil. Rev

Soc Bras Fonoaudiol. 2011; 16(2):121-5

Downloads

Publicado

2013-03-27

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.