MÉTODOS MCKENZIE E ISOTRETCHING NA TUBERCULOSE LOMBAR: RELATO DE CASO

Autores

  • Rafael dos Reis França
  • Jaqueline Silva Veloso
  • Iza Maria Fraga Lobo
  • Walderi Monteiro Silva Junior

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol10n32.1717

Palavras-chave:

Fisioterapia, tuberculose osteoarticular, terapias complementares

Resumo

A tuberculose óssea é desencadeada pela disseminação do Micobacterium tuberculosis por via hematogênica, o local de desenvolvimento inicial da doença é o osso esponjoso dos corpos vertebrais, a infecção se dissemina para os níveis vizinhos através dos ligamentos longitudinais posterior e anterior as alterações posturais consistem em modificações no alinhamento corporal, produzindo um excesso de tensão muscular, que muitas vezes surgem por compensações, para prevenir ou tratar tais alterações, o uso de técnicas como McKenzie e isostretching que prepara e protege os músculos da coluna e membros a fim de evitar as adaptações para compensar um quadro álgico podem influenciar na independência funcional, qualidade de vida e dor. Objetivos: Apresentar o caso clínico de um paciente acometido por tuberculose lombar tratado na fisioterapia pelos métodos McKenzie e Isostretching com a finalidade de melhorar função motora, dor e o perfil de saúde. Descrição do Caso: Paciente do sexo feminino, 44 anos encaminhada ao serviço de Fisioterapia no ambulatório do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, com diagnóstico clínico de tuberculose lombar, por meio de ressonância nuclear magnética, apresenta destruição óssea de platôs vertebrais L4-L5 e derivado de proteína purificada (PPD) 25mm, sugestivo de tuberculose, perda de peso, febre diária há 2 meses, dor em região do quadril e ílio de caráter constante, paraparesia, com preservação de sensibilidade e alterações funcionais. Foram realizadas dez atendimentos fisioterapêuticos através dos métodos McKenzie e isostretching, uma vez por semana, avaliado através da Medida de Independência Funcional (MIF), Escala Visual Analógica (EVA), Perfil de Saúde de Nottingham (PSN). A MIF variou de 18 para 105, A EVA de 10 para 3 e o PSN 100 para 34. Resultados: Após tratamento conservador paciente apresentou diminuição do quadro doloroso, maior dependência funcional e melhora na qualidade de vida.  

Palavras-chaves: Tuberculose osteoarticular e terapias complementares;

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Biografia do Autor

Rafael dos Reis França

Professor da Faculdade São Salvador

Fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Hospitalar

Pós graduado em Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso - Unversidade Federal de Sergipe

Extensão Universitária em Fisioterapia Ortopédica Hospitalar no Complexo Hospitalar Professor Edgar Santos - Universidade Federal da Bahia

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Publicado

2012-09-27

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