Como Avaliar a Atividade Física?
DOI:
https://doi.org/10.13037/rbcs.vol10n33.1555Palavras-chave:
atividade física, avaliação, métodos de medidaResumo
Introdução: Estudos epidemiológicos demonstram que o nível de atividade física está relacionado com a redução de diversas enfermidades. Por esta razão, esforços têm sido realizados para promover atividade física na população através de recomendações mínimas capazes de provocar benefícios à saúde. A avaliação do nível de atividade física requer instrumentos precisos e adequados. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão dos métodos e instrumentos utilizados para medir e avaliar o nível de atividade física. Métodos: Foi realizada consulta nas bases de dados medline/pubmed, scielo.org, biomed central e sport discus, utilizando inicialmente os termos “physical activity assessment”, “physical activity measure”. Resultados: A partir desta busca, termos adjacentes e busca por autores foram realizadas. Medir a atividade física é uma tarefa complexa, visto que ela pode ocorrer em diversos contextos. Os métodos de medida da atividade física podem ser classificados em objetivos (água duplamente marcada, calorimetria, observação direta, monitores cardíacos e sensores de movimentos) e subjetivos (questionários e diários). Conclusão: A variedade de métodos utilizados para medir a atividade física resulta em um campo vasto de difícil equivalência e comparações. Atualmente, nenhum dos métodos pode ser considerado suficiente a ponto de descartar os demais, e por isso, a combinação de mais de um método pode resultar em uma melhor avaliação da atividade física.
Downloads
Referências
(1) World Health Organization. The world health report 2002. Reducing risks, promoting healthy life. Geneva: WHO, 2002. [Acesso em 10 nov 2009.] Disponível em: <http://www.who.int/whr/2002/Overview_E.pdf>.
(2) Bassuk SS, Manson JE. Epidemiological evidence for the role of physical activity in reducing risk of type 2 diabetes and cardiovascular disease. J Appl Physiol. 2005 Sep; 99(3):1.193-204.
(3) Hallal PC, Knuth AG, Cruz DK, Mendes MI, Malta DC. Prática de atividade física em adolescentes brasileiros. Ciênc Saúde Coletiva.
2010 out; 15(supl. 2):3.035-42.
(4) Nelson MC, Neumark-Stzainer D, Hannan PJ, Sirard JR, Story M. Longitudinal and secular trends in physical activity and sedentary
behavior during adolescence. Pediatrics. 2006 Dec; 118(6):1.627-34.
(5) Kristensen PL, Møller NC, Korsholm L, Wedderkopp N, Andersen LB, Froberg K. Tracking of objectively measured physical activity from childhood to adolescence: the European youth heart study. Scan J Med Sci Sports. 2008 Apr; 18(2):171-8.
(6) Yang X, Telama R, Viikari J, Raitakari OT. Risk of obesity in relation to physical activity tracking from youth to adulthood. Med Sci
Sports Exerc. 2006 May; 38(5):919-25.
(7) Kohl HW, Fulton JE, Caspersen CJ. Assessment of physical activity among children and adolescents. Prev Med. 2000; 31:S54-S76.
(8) Warren JM, Ekelund U, Besson H, Mezzani A, Geladas N, Vanheesh L et al. Assessment of physical activity – a review of methodologies
with reference to epidemiological research: a report of the exercise physiology section of the European Association of Cardiovascular
Prevention and Rehabilitation. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2010 Apr; 17(2):127-39.
(9) World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: WHO, 2010. [Acesso em 15 nov 2010.] Disponível em: <http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599979_eng.pdf>.
(10) Barros MVG, Nahas MV. Medidas de atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos populacionais. 1. ed. Londrina: Midiograf;2003.
(11) Lagerros YT, Lagiou P. Assessment of physical activity and energy expenditure in epidemiological research of chronic diseases.
Eur J Epidemiol. 2007; 22(6):353-62.
(12) Dollman J, Okely AD, Hardy L, Timperio A, Salmon J, Hills AP. A hitchhiker’s guide to assessing young people’s physical activity:
deciding what method to use. J Sci Med Sport. 2009 Sep; 12(5):518-25.
(13) Caspersen CJ, Powell KE, Christenson GM. Physical activity, exercise and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Rep. 1985 Mar/Apr; 100(2):172-80.
(14) Corder K, Ekelund U, Steele RM, Wareham NJ, Brage S. Assessment of physical activity in youth. J Appl Physiol. 2008 Sep; 105(3):977-
87.
(15) Oliveira MM, Maia JA. Avaliação da actividade física em contextos epidemiológicos. Uma revisão da validade e fiabilidade do
acelerómetro Tritrac–R3D, do pedómetro Yamax Digi-Walker e do questionário de Baecke. Rev Port Ciên Desp. 2001; 1(3):73-88.
(16) McKenzie TL. 2009 C. H. McCloy Lecture. Seeing is believing: observing physical activity and its contexts. Res Q Exerc Sport. 2010
Jun; 81(2):113-22.
(17) Welk GJ, Corbin CB, Dale D. Measurement issues in the assessment of physical activity in children. Res Q Exerc Sport. 2000 Jun; 71(2
Suppl):59-73.
(18) Esliger DW, Tremblay MS. Physical activity and inactivity profiling: the next generation. Can J Public Health. 2007; 98(Suppl 2):S195-
207.
(19) Wood TM. Issues and future directions in assessing physical activity: an introduction to the conference proceedings. Res Quart ExercSport. 2000 Jun; 71(2 Suppl):2-7.
(20) Chinapaw MJ, Mokkink LB, van Poppel MN, van Mechelen W, Terwee CB. Physical activity questionnaires for youth. A systematic review of measurement properties. Sports Med. 2010 Jul; 40(7):639-63.
(21) van Poppel MN, Chinapaw MJ, Mokkink LB, van Mechelen W, Terwee CB. Physical activity questionnaires for adults. A systematic
review of measurement properties. Sports Med. 2010 Jul; 40(7):565-600
(22) Hertogh EM, Monninkhof EM, Schouten EG, Peeters P, Schuit AJ. Validity of the modified Baecke Questionnaire: comparison with energy expenditure according to the doubly labeled water method. Int J Behav Nutr Phys Act. 2008 May; 5:30.
(23) Hallal PC, Gomez LF, Parra DC, Lobelo F, Mosquera J, Florindo A et al. Lições aprendidas depois de 10 anos de uso do IPAQ no Brasil e Colômbia. J Phys Act Health. 2010; 7(Suppl 2):S259-64.
(24) Centro coordenador do IPAQ no Brasil. Celafiscs. Classificação do nível de atividade física do IPAQ. [Acesso em 05 de nov 2010.]
Disponível em: <http://www.celafiscs.institucional.ws/65/questionarios.html>.
(25) Tudor-Locke C, Hatano Y, Pangrazi RP, Kang M. Revisiting “how many steps are enough?” Med Sci Sports Exerc. 2008 Jul; 40 (7Suppl): S537-43.
(26) Pulsford RM, Cortina-Borja M, Rich C, Kinnafick FE, Dezateux C, Griffiths LJ. Actigraph accelerometer-defined boundaries for sedentary behaviour and physical activity intensities in 7 year old children. PLoS One. 2011; 6(8):1-9.
(27) Sirard JR, Pate RR. Physical activity assessment in children and adolescents. Sports Med. 2001; 31(6):439-54.
(28) Lagerros YT, Lagiou P. Assessment of physical activity and energy expenditure in epidemiological research of chronic diseases.
Eur J Epidemiol. 2007; 22(6):353-62.
(29) Westerterp KR. Assessment of physical activity: a critical appraisal. Eur J Appl Physiol. 2009 Apr; 105(6):823-8.
(30) Scagliusi FB, Lancha Júnior AH. Estudo do gasto energético por meio da água duplamente marcada: fundamentos, utilização e aplicações. Rev Nutr. 2005 jul/ago; 18(4):541-51.
(31) Vanhees L, Lefevre J, Philippaerts R, Martens M, Huygens W, Troosters T et al. How to assess physical activity? How to assess
physical fitness? Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2005 Apr; 12(2):102-14.
(32) Ainslie PN, Reilly T, Westerterp KR. Estimating human energy expenditure. A review of techniques with particular reference to doubly labelled water. Sports Med. 2003; 33(9):683- 98.
(33) Farinatti PTV. Apresentação de uma versão em português do Compêndio de Atividades Físicas: uma contribuição aos pesquisadores e profissionais em Fisiologia do Exercício. Rev Bras Fisiol Exercício. 2003; 2:177-208.
(34) Ainsworth BE, Haskell WL, Whitt MC, Irwin ML, Swartz AM, Strath SJ et al. Compendium of physical activities: an update of activity
codes and MET intensities. Med Sci Sports Exerc. 2000 Sep; 32(9 Suppl):S498-516.
(35) Ridley K, Aisnworth BE, Olds TS. Development of a compendium of energy expenditures for youth. Int J Behav Nutr Phys
Act. 2008 Sep; 5:45.
(36) Erdogan A, Cetin C, Karatosun H, Baydar ML. Accuracy of the Polar S810iTM heart rate monitor and the Sensewear Pro ArmbandTM to estimate energy expenditure of indoor rowing exercise in overweight and obese individuals. J Sports Sci Med. 2010; 9:508-16.
(37) Slootmaker SM, Chin A Paw MJ, Schuit AJ, van Mechelen W, Koppes LL. Concurrent validity of the PAM accelerometer relative to
the MTI Actigraph using oxygen consumption as a reference. Scand J Med Sci Sports. 2009 Feb; 19(1):36-43.
(38) Brown WH, Pfeiffer KA, McIver KL, Dowda M, Almeida MJ, Pate RR. Assessing preschool children’s physical activity: the observational
system for recording physical activity in children-preschool version. Res Q Exerc Sport. 2006 Jun; 77(2):167-76.
(39) Scarton AM. Respostas fisiológicas em mulheres adultas em protocolo padrão de movimentos de hidroginástica dentro e fora da água. Porto Alegre. Tese (Doutorado em EducaçãoFísica) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2008.
(40) McArdle WD, Katch FI, Katch V. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan: 2003.
(41) Wilmore JH, Costil DL. Fisiologia do esporte e do exercício. 2. ed. São Paulo: Manole; 2001.
(42) Gutin B, Barbeau P, Owens S, Lemmon CR, Bauman M, Allison J et al. Effects of exercise intensity on cardiovascular fitness, total body composition, and visceral adiposity of obese adolescents. Am J Clin Nutr. 2002; 75:818-26.
(43) Machado FA, Guglielmo LGA, Denadai BS. Velocidade de corrida associada ao consumo máximo de oxigênio em meninos de 10 a 15
anos. Rev Bras Med Esporte. 2002 jan/fev; 8(1):1-6.
(44) Tan S, Yang C, Wang J. Physical training of 9- to 10-year-old children with obesity to lactate threshold intensity. Pediatr Exerc Sci.
2010 Aug; 22(3):477-85.
(45) Freedson PS, Miller K. Objective monitoring of physical activity using motion sensors and heart rate. Res Q Exerc Sport. 2000 Jun; 71(2Suppl):21-9.
(46) Crouter SE, Schneider PL, Karabulut M, Bassett DR Jr. Validity of 10 eletronic pedometers for measuring steps, distance, and energy cost. Med Sci Sports Exerc. 2003 Aug; 35(8):1455-60.
(47) Rowlands AV, Eston RG. The measurement and interpretation of children’s physical activity. J Sports Sci & Med. 2007 Sep; 6(3):270-6.
(48) McNamara E, Hudson Z, Taylor SJ. Measuring activity levels of young people: the validity of pedometers. Br Med Bull. 2010;
95:121-37.
(49) Vries SI, Bakker I, Hopman-Rock M, Hirasing RA, van Mechelen W. Clinimetric review of motion sensors in children and adolescents. J Clin Epidemiol, 2006 Jul; 59(7):670-80.
(50) Maddison R, Mhurchu C. Global positioning system: a new opportunity in physical activity measurement. Int J Behav Nutr Phys Act. 2009;6:73.
(51) Forsén L, Loland NW, Vuillemin A, Chinapaw MJ, van Poppel MN, Mokkink LB et al. Selfadministered physical activity questionnaires for the elderly: a systematic review of measurement properties. Sports Med. 2010 Jul; 40(7):601-23.
(52) Wen LM, Ploeg HP, Rissel JK. A validation study of assessing physical activity and sedentary behavior in children aged 3 to 5 years.
Pediatr Exerc Sci. 2010 Aug; 22(3):408-20.
(53) Parrish AM, Iverson D, Russell K, Yeatman H. The development of a unique physical activity self-report for young children: challenges and lessons learned. Res Sports Med. 2010 Jan; 18(1):71-83.
(54) Barros MV, Assis MA, Pires MC, Grossemann S, Vasconcelos FA, Luna ME et al. Validação de um questionário de atividade física e consumo alimentar para crianças de sete a dez anos de idade. Rev Bras Saúde Mater Inf. 2007; 7(4):437-48.
(55) Guedes DP, Lopes CC, Guedes JERP. Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física em adolescentes. Rev Bras Med Esporte. 2005 mar/abr; 11(2):151-8.
(56) Pardini R, Matsudo SM, Araújo T, Matsudo V, Andrade E, Braggion G et al. Validação do questionário internacional de nível de atividade física (IPAQ - versão 6): estudo piloto em adultos jovens brasileiros. Rev Bras Ci e Mov.
2001; 9(3):45-51.
(57) Hallal PC, Dumith SC, Bastos JP, Reichert FF, Siqueira FV, Azevedo MR. Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física no Brasil: revisão sistemática. Rev Saúde Pública. 2007 jun; 41(3):453-60.
(58) Philippaerts RM, Matton L, Wijndaele K, Balduck AL, Bourdeaudhuij ID, Lefevre J. Validity of a physical activity computer questionnaire in 12- to 18-year-old boys and girls. Int J Sports Med. 2006 Feb; 27(2):131-6.
(59) Ridley K, Olds T, Hill A. The multimedia activity recall for children and adolescents (Marca): development and evaluation. Int J
Behav Nutr Phys Act. 2006; 3:10.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Cristina Borges Cafruni, Rita de Cássia Delgado Valadão, Elza Daniel de Mello

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).